Durante a entrevista coletiva desta quarta-feira, uma das indagações dirigidas ao presidente Pedrinho, do Vasco da Gama, abordou estratégias para incrementar as receitas provenientes dos sócios estatutários do clube, uma das principais fontes de recursos da entidade. Pedrinho admitiu encontrar obstáculos para ampliar a quantidade de associados.
Nesse sentido, o antigo vice-presidente de Marketing do Vasco da Gama, Vitor Roma, compartilhou em suas mídias sociais que havia alertado a Jorge Salgado, ex-presidente do clube, sobre os impactos negativos da venda para a SAF no plano de sócios, mas o dirigente da época optou por não considerar:
“Em relação à renovação do quadro social do CRVG, é relevante observar: 8 dos 11 VPs de Jorge Salgado subscreveram uma carta informando-o que a negociação do contrato liderada pela empresa terceirizada, pelo CEO e pela equipe selecionada era desfavorável para a associação no que diz respeito ao programa de associados. Ele ignorou o alerta. Mesmo assim, uma equipe de profissionais deu início a um processo de pesquisa e proposição para um novo plano de sócio estatutário. Tínhamos um objetivo primordial a questionar: o clube social era um diferencial? Nós antecipamos e iniciamos algumas discussões. Existem agremiações no RJ passando por adversidades. Elas adorariam se tornar nosso clube social, o que proporcionaria um atrativo para o estatutário. Ou mais de um. Um na zona sul, um na zona norte e um na zona oeste. Esse estudo estava pronto e foi apresentado ao presidente. Levaríamos associados a esses clubes e proporcionaríamos aos associados uma área social que valesse a pena. Faltava realizar uma pesquisa com os estatutários e verificar a adesão. E essa era apenas uma das propostas levantadas. Infelizmente, logo após, o presidente eliminou as VPs (inclusive a de Marketing, que posteriormente foi reestruturada com a chegada do Chico), retirou o programa de sócios do Marketing e nada avançou. Uma lamentável situação. Ocorreu exatamente o que avisamos… o programa foi esvaziado. Lembro que um consultor sênior da terceirizada me informou que os títulos de sócios proprietários valeriam 200 mil após a SAF. Infelizmente, ele não quis adquirir nenhum dos meus 4 pelo mencionado valor… Naquele dia, eu disse: isso resultará no declínio do programa de sócios da associação.”
Fonte: Papo na Colina