O ge destaca as cinco principais pautas da diretoria vascaína nos próximos meses.
Venda da SAF
Antes mesmo da disputa judicial com a 777 Partners, o Vasco já estava em busca de um novo parceiro para a SAF. O clube carioca mantém diálogos com a A-CAP na busca por um comprador que assuma o futebol do clube, mas qualquer negociação para a venda das ações da SAF do Vasco ainda parece distante.
Recentemente, o banco BTG Pactual fez uma proposta para adquirir uma parte das ações da A-CAP, que representam 31% — as mesmas que a 777 adquiriu ao longo de três anos de investimentos no clube. Em outra ocasião, a Crefisa também se aproximou da compra das ações da 777, mas o negócio não se concretizou.
Venda do potencial construtivo de São Januário
A venda do potencial construtivo de São Januário é o primeiro passo para viabilizar a reforma do estádio. Após ter conversas avançadas com um possível parceiro, o presidente Pedrinho informou que as negociações estagnaram, e o clube teve que reavaliar a situação no mercado.
— Não é fácil vender, não é tão simples. Tinha algo bem encaminhado, mas deu uma travada e estamos renegociando — afirmou Pedrinho, em entrevista ao programa “Amigos Futebol Clube”, no final de setembro.
O ge confirmou que Pedrinho se referia às tratativas para vender a maior parcela do potencial, um acordo que, se fechado, poderia dar início às obras. As conversas seguem, tanto para essa maior parte quanto para a venda de frações menores.
Início das obras e onde jogar durante a reforma
Com o planejamento de vender a maior parte do potencial construtivo ainda neste ano, o Vasco projeta dar partida às obras de reforma de São Januário. O objetivo da diretoria de Pedrinho é que as obras comecem em dezembro, logo após o término do Campeonato Brasileiro. Assim, o estádio vascaíno terá sua última atuação nesta temporada.
Entretanto, surge uma nova dúvida: onde o Vasco irá jogar até que a reforma de São Januário esteja concluída? O Estádio Nilton Santos e o Maracanã aparecem como opções, mas o clube precisaria negociar com os rivais Botafogo, Flamengo e Fluminense, respectivamente.
Honrar os compromissos
Após a saída da 777 do quadro de sócios da SAF, a primeira promessa de Pedrinho à frente do futebol do Vasco foi manter os salários do clube em dia até o final do ano. Com uma folha salarial elevada para os padrões do futebol brasileiro e sem a presença ativa de um sócio, a diretoria tem conseguido cumprir suas obrigações até o momento.
Os recursos obtidos na Copa do Brasil têm sido fundamentais para o Vasco desde a mudança da administração para a associação. O clube também antecipou receitas, como a venda de Marlon Gomes ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, para manter as atividades funcionando. Com a escassez de receitas, o desafio agora é seguir em dia com os compromissos financeiros.
Planejar o ano de 2025
São diversas questões fora de campo que impactam diretamente o rendimento dentro das quatro linhas. O novo sócio será majoritário e trará um novo planejamento esportivo? A associação terá participação nas decisões do futebol e será ouvida, algo que não ocorreu com a 777?
E se a venda não for concretizada, como será o planejamento dentro e fora de campo? Independentemente do cenário, a gestão de Pedrinho deve elaborar um plano para o futebol da próxima temporada de forma antecipada, garantindo que o Vasco não fique à deriva.
As contratações e saídas de jogadores também são pontos cruciais, principalmente na questão financeira, para aliviar a folha salarial e formar um time competitivo de maneira mais eficiente no mercado.
Pedrinho, presidente do Vasco — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Fonte: ge