De acordo com Paiva, a situação prejudicou o rumo da partida: “Acredito que estávamos controlando alguns momentos do jogo, com mais posse de bola, melhor marcação e avançando mais no campo do Bahia. A expulsão foi decisiva para alterar o curso do jogo. Ao vivo, tive a impressão de uma falta comum, uma proteção de espaço. Ao rever o vídeo, ficou evidente que não justificava o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Isso foi determinante. Em um jogo desse nível, onde o detalhe faz toda a diferença, ter um jogador expulso dessa forma”, pontuou Rafael Paiva.
Apesar do revés, Paiva enalteceu a mudança de postura dos jogadores vascaínos, que demonstraram competitividade e quase conquistaram pontos em Salvador. O interino destacou o trabalho realizado nos últimos dias e instigou a manutenção desse espírito para os próximos compromissos.
O próximo desafio do Vasco será diante do Botafogo, no sábado, em São Januário, às 18h30. David, expulso, e Mateus Cocão, que recebeu o terceiro cartão amarelo, serão desfalques na equipe de Paiva.
Outros comentários de Paiva:
Análise do desempenho em campo
– Na minha visão, o aspecto crucial é a exposição. É bastante desafiador atuar aqui, diante de um time muito bem estruturado, que já havíamos estudado. Conseguimos competir bem no primeiro tempo, igualar alguns momentos do jogo e retornar com bom desempenho no segundo tempo. Estávamos controlando alguns momentos, mais posse de bola, melhor marcação e avanço no campo adversário. A expulsão foi decisiva para mudar o rumo do jogo… Realmente é uma tarefa árdua, mesmo assim, conseguimos equilibrar defensivamente.
Motivo para manter Vegetti em campo
– Vegetti é um jogador que atrai pelo menos dois marcadores, o que nos confere vantagem em manter sua presença em campo. Poderíamos ter optado por outro jogador mais descansado, mas a capacidade de reter a bola de Vegetti, sua função de pivô, nos deu a oportunidade de parar a jogada nele e buscar o ataque incisivamente, mesmo com um jogador a menos. Estávamos buscando a vitória, viemos para isso e íamos lutar até o fim.
Estratégia defensiva com quatro linhas
– Contamos com jogadores de grande inteligência, a ideia era bloquear as laterais, cientes de que com um jogador a menos o Bahia teria mais posse de bola e cruzamentos para a área. Optamos por jogadores com habilidades defensivas nas laterais. Solicitei aos jogadores um esforço extra para transitar, pois estavam mais preparados no jogo, mas a qualquer momento poderia ocorrer substituições. Tanto Puma quanto Leandro poderiam recuar e atuar como laterais, enquanto Piton e PH poderiam se aventurar no ataque.
– Deixei-os livres para decidirem e, de acordo com o contexto, tomarem a melhor decisão. PH estava se recuperando de uma virose da partida anterior, mas se saiu muito bem. Vale ressaltar que, mesmo com um jogador a menos, conseguimos manter o ritmo fisicamente contra o Bahia, suportando bem. Infelizmente, sofremos o segundo gol, uma infelicidade, mas os jogadores entraram bem. Na maioria das jogadas, neutralizaram bem, infelizmente em uma delas não conseguimos conter.
Pedrinho e a identidade do Vasco
– As conversas com Pedrinho e Felipe envolvem principalmente a postura em campo, resgatando a essência que acreditamos ser do Vasco, a identidade, o jogo bem jogado, a entrega total em campo, a defesa agressiva e a oportunidade para os talentos da base. É resgatar o DNA do Vasco, proporcionar à torcida espetáculos, jogos bem disputados e aguerridos, algo que eles fizeram durante suas carreiras no Vasco.
– Esse é o caminho, estamos tentando implementar essa mentalidade jogo a jogo, resgatar o orgulho da torcida vascaína. Independentemente do resultado, daremos nosso melhor, teremos coragem para jogar, para apostar nos jovens da base. Estou satisfeito com esses dois jogos, acredito que consegui inserir esse espírito junto a Pedrinho.
Fonte: ge