É um grande desafio pensar que algum clube pagará essa quantia por um atacante de 36 anos — o Vasco desembolsou U$ 1,1 milhão (R$ 6,8 milhões na cotação atual) ao Belgrado, da Argentina, em setembro de 2023. Desde o final da última temporada, a postura do artilheiro reflete a desconfiança na capacidade de acordo com a diretoria. A solução ainda não está clara, e a responsabilidade recai sobre o presidente Pedrinho e seu diretor Felipe Loureiro para consertar essa relação que está balançando. Vegetti ganha um salário bruto de R$ 578 mil e está na expectativa de um ajuste prometido para meados de 2024. O cruz-maltino defende que o contrato está em vigor, não se opõe a rever os termos, mas não trata a situação com a urgência que o jogador deseja, o que acaba agitando o mercado.
Apesar de estar mais experiente, Vegetti teve uma temporada de destaque, marcando 23 gols e dando três assistências em 54 jogos no último ano. Ele foi o goleador da Copa do Brasil, com sete gols em dez partidas, e anotou 12 gols em 35 jogos do Brasileirão — todos sem contar com pênaltis. Encerrando a competição na quarta posição na artilharia, atrás de Estevão (13), Alerrando e Yuri Alberto (15). Ou seja, na ausência de Pedro, foi o principal goleador do futebol carioca na competição. Certamente, Fábio Carille desejaria contar com um jogador desse calibre. O técnico, que chega ao Vasco após conquistar a Série B com o Santos, parece estar mais otimista do que qualquer torcedor. E se ele, acostumado a formar elencos competitivos, está com um olhar esperançoso, é sinal de que terá bons reforços para gerenciar as expectativas para a nova temporada. Vamos ver se o “pirata argentino”, que conquistou a torcida, será parte desse novo projeto.
Vasco deveria valorizar Pablo Vegetti, seu Pirata artilheiro — Foto: Alexandre Cassiano
Fonte: Blog Gilmar Ferreira – Extra
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