O atraso no aporte de R$ 120 milhões da 777 Partners não preocupa o Vasco, nem a SAF, nem a associação. Segundo informações do Lance!, o grupo norte-americano tem um prazo de 30 dias para efetuar o pagamento, que termina na quinta-feira (5).
O acordo entre Vasco e 777 Partners prevê aportes anuais até 2025. O primeiro, de R$ 120 milhões, foi depositado em 2 de setembro e marcou a entrada do grupo norte-americano no futebol. O dia 5 se tornou um marco para os depósitos futuros.
Formalmente, o atual atraso não é considerado inadimplência, uma vez que há um prazo de 30 dias para o depósito. No entanto, nesse período, juros estão sendo calculados, que, de acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, serão usados para pagar o investimento feito na compra do Vegetti junto ao Belgrano, no valor de cerca de R$ 5 milhões.
Vale ressaltar também que o novo aporte será corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Portanto, em vez de R$ 120 milhões, a SAF do Vasco deverá receber cerca de R$ 126 milhões.
Aportes até 2025
- 2022 – R$ 190 milhões (R$ 70 milhões do empréstimo-ponte realizado em março + R$ 120 milhões em setembro)
- 2023 – R$ 120 milhões (pagamento até o dia 5 de outubro)
- 2024 – R$ 270 milhões
- 2025 – R$ 120 milhões
Dinheiro garantido
Com o aporte, o Vasco planeja quitar as dívidas resultantes das contratações feitas na primeira janela de transferências. O clube possui dívidas com o Nacional (URU), Atlético Tucumán (ARG) e Lille (FRA) pelos negócios envolvendo Puma Rodríguez, Capasso e Léo Jardim. O montante totaliza cerca de R$ 20 milhões.
Os clubes acionaram a FIFA e o Vasco sofreu uma proibição de transferências. No cenário nacional, o Atlético-MG recorreu à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CRND) da CBF para receber o valor da venda de Jair. A segunda parcela, no valor de aproximadamente R$ 3,3 milhões, está atrasada desde o fim de julho.
O Vasco está ciente da proibição de transferências, porém encara a situação com normalidade. Há confiança de que as dívidas serão pagas e há a garantia de que a situação não afetará a próxima janela de transferências, assim como não afetou a anterior.
Além das dívidas, o dinheiro do aporte será utilizado para cobrir os custos do departamento de futebol. É relevante mencionar que as últimas contratações elevaram a folha salarial, que saiu de R$ 7,5 milhões e agora ultrapassa a marca dos R$ 10 milhões por mês.
Fonte: Lance!