Vasco Sociedade Anônima de Futebol mantém planejamento para a próxima metade do ano; detalhes
O impasse judicial entre a cúpula do Vasco Associativo e a 777 Partners, detentora de 70% das ações da Vasco SAF, não influenciou o roteiro para a correção de curso do time. Até o momento, a chegada do treinador Álvaro Pacheco, ex-comandante do Vitória de Guimarães, está confirmada para este domingo no Rio, assumindo a posição vaga após a saída de Ramón Díaz; e o talentoso Philippe Coutinho, emprestado pelo Aston Villa da Inglaterra ao Al-Duhail do Catar, negocia seu retorno ao clube para o próximo semestre.
As tratativas encabeçadas por Lúcio Barbosa na última semana, em paralelo à contratação de Álvaro Pacheco, estão sendo conduzidas junto ao empresário Giuliano Bertolucci. Philippe Coutinho tem vínculo com o clube do Catar até junho (com possibilidade de extensão por mais 12 meses) e ainda possui um ano restante de contrato com os ingleses. Há menção de uma multa rescisória de € 5 milhões por parte dos dirigentes do Aston Villa, porém, devido a pendências financeiras do meia e seu desejo de retornar ao Vasco, o desfecho dependerá de negociações hábeis e tempo para entendimentos.
A tentativa de retomar o controle da gestão por meio da SAF, atualmente sob posse da 777, não é uma disputa rápida como alguns especulam. Trata-se de um teste de resistência, e especialistas em direito empresarial alertam para a possibilidade de prolongamento do imbróglio em disputas judiciais, prejudicando as chances de novas parcerias comerciais. A diretoria tomou uma medida ousada, com uma liminar que suspende os efeitos do contrato entre as partes. Contudo, a 777 irá recorrer e alega arbitrariedade na ação.
O presidente Pedro Paulo, conhecido como Pedrinho, teve uma atuação destacada em sua declaração na coletiva, ocupando o espaço deixado pelo silêncio dos representantes da empresa. A SAF segue a estratégia de comunicação empresarial adotada pelos americanos, optando pelo silêncio em um cenário de incertezas, deixando os torcedores confusos, sem clareza sobre quem está de fato com a razão. Mais uma vez, nos bastidores do direito comercial, é consenso que o embate, ainda sem um motivo claro, não trará benefícios aos interesses do clube em termos de competição.
Caso os americanos se vejam obrigados a depositar judicialmente os R$ 300 milhões referentes à integralização do lote de ações previsto para setembro, a saúde financeira e a capacidade de investimento da SAF para novos projetos serão severamente prejudicadas…
Fonte: Coluna Futebol Coisa & Tal/ Gilmar Ferreira- Extra