Esse número é o menor desde 2017, quando iniciaram as análises nesse sentido no ge. Anteriormente, os melhores registros do clube foram em 2019 e 2022, com 21 lesões em cada ano. Já o ano de 2018 foi o mais problemática no que tange lesões. Confira o gráfico abaixo:
Gustavo Caldeira, o responsável pelo Departamento de Saúde e Performance (DESP) do Vasco, enfatizou a importância dos investimentos realizados pelo clube para reduzir o número de desfalques. Ele destacou que, assim como nos últimos anos, a inovação é uma prioridade.
– Neste ano, realizamos investimentos em tecnologia e para 2025, vamos continuar buscando novas soluções, seja no campo da neurociência ou em terapias físicas. Fizemos aquisições que eram necessárias para evitar lacunas nas reabilitações e na recuperação muscular. A expectativa de melhorar ainda mais em 2025 é alta. A meta do DESP é maximizar o número de jogadores à disposição do treinador para que ele faça as melhores escolhas. Neste ano, conseguimos mais de 90% de disponibilidade dos atletas. Esse é um indicador-chave que priorizamos aqui – afirmou o diretor médico, que chegou ao clube em 2021.
Nesta temporada, as lesões mais recorrentes atingiram a coxa e o joelho, com sete casos cada. No total, 15 jogadores diferentes desfalcavam o time em pelo menos uma partida oficial por problemas de saúde. Payet foi o jogador que mais precisou visitar o departamento médico, enfrentando uma série de lesões, incluindo entorse no joelho direito, lesão de grau 2 na coxa direita e edema na posterior da coxa esquerda. De abril a julho, ele ficou fora de 12 jogos do Vasco em 2024.
Mais Cirurgias em 2024
Embora o número de desfalques médicos tenha diminuído, as cirurgias aumentaram. Em 2023, foram apenas duas, enquanto nesta temporada, cinco jogadores passaram por procedimentos cirúrgicos: Paulinho, Jair, David, Guilherme Estrella e Adson.
Os três primeiros enfrentaram lesões semelhantes em 2024: ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA). Paulinho e Jair, que se contundiram no início da temporada, foram os que mais desfalcou o Vasco, com Paulinho perdendo 54 dos 61 jogos do ano, ou seja, 89% das partidas, enquanto Jair ficou fora de 45 compromissos, correspondendo a 74%.
O jovem Estrella teve que se submeter à cirurgia do menisco do joelho direito devido a um problema congênito, enquanto Adson tratou uma fratura por estresse na tíbia direita. Inicialmente, ele e o clube optaram por tratamento conservador, mas, devido à dor constante, decidiram pela cirurgia.
– Não acredito que haja um único fator que cause tantas lesões ligamentares. É uma tendência mundial que estamos vendo na Europa e na América do Sul. Atribuo isso ao aumento do número de jogos e, não só à quantidade total na temporada, mas também à sequência intensa de jogos. Tem meses que jogamos 8 ou 9 partidas, isso causa fadiga neuromuscular. Além disso, o futebol tem aumentado o contato físico, resultando em mais concussões e lesões ligamentares. Jair foi liberado após 8 meses e meio, enquanto Paulinho levou 9 meses e meio. O tempo médio de retorno é de 9 meses. Todos os atletas operados se recuperaram bem. Em algum momento, sabemos que isso pode não ocorrer, mas, até o momento, não tivemos casos de complicações – destacou Caldeira.
Dentre os cirurgiados, Jair e Paulinho já voltaram a competir pelo Vasco. Jair ficou quase nove meses afastado e já atuou em sete partidas. Paulinho levou pouco mais de 10 meses para voltar e participou dos dois últimos jogos da temporada, contra Atlético-MG e Cuiabá, ambos pelo Campeonato Brasileiro.
Os demais ainda estão em recuperação. Vale lembrar que o volante JP também passou por cirurgia, mas não foi contabilizado neste balanço, pois estava jogando pelo time sub-20. O jogador de 19 anos se recupera bem e deve se apresentar ao clube no próximo dia 27.
Lesões por parte do corpo no Vasco — Foto: Infoesporte
*Colaboraram Bruno Murito, Emanuelle Ribeiro e Tébaro Schmidt
Criterios e Metodologia
As informações para esta pesquisa foram coletadas pela equipe do Espião Estatístico, em contato com os correspondentes do Vasco e confirmadas pelo departamento médico do clube.
A análise abrangeu o período de 1º de janeiro de 2024 até a data da publicação, 20 de dezembro de 2024. As lesões ocorridas fora desse período não foram contabilizadas.
O critério de inclusão foi que o atleta tivesse que ser elaborado uma partida oficial por problemas de saúde. Todos os problemas que impediram a escalação do jogador foram considerados. Jogadores poupados por desgaste físico ou que apresentaram questões fisiológicas foram excluídos da conta.
Fonte: ge
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