CT Moacyr Barbosa deve passar a ser a casa da base do Vasco (Foto: Leandro Amorim/Vasco)
A Trivela apurou que o Vasco tem a intenção de unir as categorias de base com o time profissional no CT Moacyr Barbosa. Embora a ideia ainda esteja em fase inicial, ela pode começar a ser colocada em prática já no próximo ano.
O planejamento inicial do Vasco é trazer os times sub-15 até sub-20 para o CT Moacyr Barbosa, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Atualmente, somente o elenco principal realiza os treinamentos naquele espaço.
Obviamente, para isso, o local precisará de reformas significativas. O CT Moacyr Barbosa, que atualmente dispõe apenas de dois campos, poderia expandir para seis campos de treinamento.
Além disso, o espaço passará por melhorias estruturais abrangentes, como a construção de novos vestiários, academias, alojamentos, e muito mais.
Atualmente, o Vasco utiliza apenas cerca de um terço da totalidade do terreno que foi concedido pela Prefeitura do Rio de Janeiro ao clube. Assim, a equipe acredita que há espaço suficiente para implementar todas essas melhorias em um terreno de quase 70 mil metros quadrados.
O documento de concessão assinado entre a Prefeitura e o Vasco tem validade de 50 anos, mas o Município ainda pode solicitar a devolução do terreno.
CT do Vasco pode passar a ter seis campos a partir de 2025 (Foto: Divulgação/Vasco)
Vasco acredita na união dos CTs do clube
Essa maior integração no futebol do Vasco é um desejo da atual diretoria, liderada por Pedrinho, presidente da Associação e controlador da SAF vascaína.
No momento, as atividades do futebol do Vasco estão divididas em CTs distintos.
- CT Moacyr Barbosa: profissional masculino;
- CT de Duque de Caxias: base masculino e profissional feminino;
- Artsul: profissional feminino e base masculino;
Eventualmente, as equipes sub-15, sub-17 e sub-20 do masculino e o elenco profissional feminino também realizam treinamentos no CT Moacyr Barbosa, mas isso depende da disponibilidade dos campos. A prioridade é sempre o futebol profissional masculino.
Além disso, alguns jovens atletas da base masculina residem no alojamento do clube, que fica em São Januário. Esse alojamento também pode ser transferido para o CT Moacyr Barbosa, mas esses estudos ainda estão nas fases iniciais.
Marcelo Sant’ana já se manifestou sobre a questão do Vasco
Além de Pedrinho, o diretor de futebol Marcelo Sant’ana é um defensor dessa maior conexão entre a base e a equipe profissional. Em uma recente coletiva de imprensa, ele mencionou a separação dos CTs como um desafio.
– O Vasco precisa realizar alguns investimentos que não foram feitos ao longo dos últimos anos. Como, por exemplo, a reforma de São Januário, que o presidente Pedrinho e a diretoria têm conduzido. Temos a preocupação de aprimorar a ligação entre a divisão de base do Vasco e o futebol profissional – afirmou Marcelo Sant’ana.
– Pessoalmente, creio que o Vasco comete um erro estratégico ao manter cinco locais de trabalho. Temos o CT Moacyr Barbosa, São Januário, a sede da SAF na Barra, além do Artesul e do CT de Caxias. A disposição atual dos espaços físicos para a divisão de base, além do feminino e do profissional, é muito distante do ideal. Portanto, em breve teremos uma coletiva para sinalizar o que pretendemos fazer para corrigir essa lacuna histórica que o Vasco enfrenta – completou o dirigente.
Cabe destacar que Marcelo Sant’ana foi um dos responsáveis pela evolução da infraestrutura do Bahia. Durante seu mandato como presidente do clube entre 2015 e 2017, o Tricolor negociou a retomada do controle do Fazendão, além da compra da Cidade Tricolor — que hoje é o CT Evaristo de Macedo.
CT foi centro de discussão entre Pedrinho e 777
Antes de assumir o controle da SAF do Vasco, o CT Moacyr Barbosa foi um ponto de discórdia entre Pedrinho e a 777 Partners, antiga gestora do futebol do clube. Na época, Pedrinho, que era apenas presidente da Associação, cobrou publicamente melhorias no CT.
Naquela ocasião, a SAF chegou a solicitar que Pedrinho contextualizasse suas declarações sobre o CT. O acordo assinado pela 777 Partners estabelecia que a empresa americana deveria realizar melhorias no CT Moacyr Barbosa.
A 777 chegou a promover pequenas reformas, mas não se sentia segura juridicamente para realizar investimentos de maior porte no local. Naquela época, a empresa citava como justificativa o fato de o terreno ainda estar registrado em nome da Associação, e não da SAF.
Houve ainda divergências sobre quem deveria dialogar com a Prefeitura do Rio de Janeiro sobre a responsabilidade pela alteração no contrato de posse do terreno do CT. Enquanto a SAF, controlada pela 777 Partners, afirmava que a Associação deveria fazer os ajustes, esta última acreditava que esse detalhe não impedia a 777 de investir no CT.
Fonte: Trivela