Após focar nos zagueiros, com as chegadas de Maurício Lemos, Lucas Oliveira e Lucas Freitas, o departamento de futebol do Vasco virou seu olhar para a contratação de um ponta esquerda que tenha condições de ser titular. O objetivo era claro: buscar um jogador veloz que pudesse contribuir significativamente com gols.
A falta de um atacante com essas características é resultado de lesões e saídas no elenco. O Vasco está sem Adson e David lesionados, e as opções à disposição são Jean David e Maxime Domínguez, recém-contratados na última janela pela gestão de Marcelo Sant’ana, mas que ainda não mostraram serviço no São Januário. O clube não conseguiu repor as perdas de Gabriel Pec e Marlon Gomes desde o ano passado, durante a era da 777 Partners. A escassez na posição perdura há anos.
Para isso, o clube tem mirado grandes nomes nesta janela de transferências. Embora tenha até agora apenas contratado jogadores sem custos, a diretoria vascaína destinou um orçamento específico para a chegada de um atacante que tenha condição de ser titular. Os principais alvos foram:
- Tomás Cuello, do Athletico-PR
- Wanderson, do Internacional
- Ramón Sosa, do Nottingham Forest-ING
- Brian Rodriguez, do América-MÉX
- Bruma, do Braga-POR
Foco inicial: Cuello
Uma semana após o término do Brasileirão, a diretoria do Vasco já estava negociando a chegada de um atacante. O alvo era Cuello, do Athletico-PR. Durante as tratativas do clube paranaense para adquirir o zagueiro Léo, a diretoria vascaína tentou incluir o atacante argentino na negociação, mas os valores não foram aceitos a princípio.
O Vasco concretizou a venda do zagueiro Léo ao Athletico-PR e tentou uma nova investida em Cuello. O clube apresentou propostas na faixa dos US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 25 milhões), mas o Atlético-MG ofereceu uma quantia superior e levou o atacante argentino por US$ 6 milhões (em torno de R$ 36 milhões). A diretoria do Vasco continuou de olho na situação de Cuello até que o atleta foi anunciado pela equipe mineira, acreditando ter feito a melhor proposta financeira.
Cuello; Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético-MG
Ramón Sosa: um sonho distante
Ciente da urgência de trazer um ponta, o Vasco atacou em mais de um setor ao mesmo tempo. O clube buscou Ramón Sosa, que estava na mira do time carioca desde a época da 777, quando ainda atuava pelo Talleres.
O paraguaio pertence ao Nottingham Forest, de Evangelos Marinakis, um dos interessados na aquisição da SAF do Vasco. Entretanto, a diretoria do clube inglês não facilitou as negociações, e o jogador optou por permanecer no futebol da Inglaterra.
Ramon Sosa em ação pelo Nottingham Forest — Foto: Reprodução
Wanderson: alta pedida salarial
O Vasco fez contato com o Internacional para tentar a contratação do atacante Wanderson. A intenção do clube carioca era uma aquisição em definitivo, mas o jogador exigiu um salário muito acima do que o Vasco estava disposto a pagar. Neste momento, o atleta não demonstra interesse em deixar o Internacional.
O contrato de Wanderson se estende até o final do ano. Em julho, ele estará livre para assinar um pré-contrato com qualquer clube.
Brian Rodríguez: uma novela com veto do América
O interesse do Vasco em Brian Rodríguez resultou em uma novela digna do México, com um desfecho negativo para o clube carioca mais uma vez. O uruguaio era um alvo da diretoria vascaína desde o ano anterior. Após um aumento no orçamento do futebol, a gestão de Pedrinho aumentou as ofertas pelo atacante do América, do México, e chegou a valores que os mexicanos inicialmente consideraram favoráveis.
Entretanto, apesar do desejo do uruguaio em jogar no Brasil, o América afirmou que não liberaria o jogador antes de encontrar um substituto. Com o prazo curto da janela de transferências mexicana, o atual campeão do México comentou que só negociaria Brian Rodríguez no meio do ano. O Vasco sabe que precisa de reforços imediatos, mas não descarta fazer uma investida em junho pelo uruguaio.
Bruma: a maior frustração e a negociação mais próxima
Nenhuma negociação esteve tão perto de ser concretizada quanto a de Bruma. O Vasco alinhou conversas com o Braga por mais de uma semana, chegou aos valores que o clube português exigia e… não deu certo. O Benfica surgiu nas negociações e encaminhou a contratação do atacante.
Bruma veste a camisa 7 de Portugal — Foto: TF-Images/Getty Images
O Vasco estava ciente do interesse do Benfica e Porto, e por isso tentou fechar a contratação no final de semana. As tratativas se intensificaram na sexta-feira, e o clube carioca apresentou a proposta no fim da noite daquele dia. Durante o final de semana, a diretoria vascaína aguardava a resposta do Braga para finalizar a contratação do atacante.
Fontes ligadas ao departamento de futebol afirmam que após a troca de documentos oficiais com intermediários e com o Braga, só faltava a assinatura final do clube português, que não aconteceu nos últimos dois dias. O Benfica, na segunda-feira, último dia da janela em Portugal, acelerou as conversas para garantir Bruma e igualou os mesmos valores oferecidos pelo Vasco. Apesar do desejo do jogador de vir ao Brasil, pesou o apelo de jogar a Liga dos Campeões pelo Benfica, o que o deixaria mais próximo da seleção portuguesa.
Fonte: ge
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