O time carioca, que também está na disputa da Copa do Brasil, também viu Gabigol sentir a mesma lesão, porém na coxa direita. Com o camisa 99, o número de jogadores no departamento médico subiu para quatro — Viña e Cebolinha já estão fora do restante da temporada, com lesões graves.
O rubro-negro não é o único enfrentando problemas. Levantamento do GLOBO demonstra que, dos 15 times que participam do Brasileirão simultaneamente com a Copa do Brasil, Libertadores ou Sul-Americana, 14 têm jogadores afastados por lesões, 13 deles com pelo menos um problema muscular.
No total, são 49 jogadores afastados, 25 com lesões musculares e outros 20 com contusões mais sérias, muitas delas resultando em cirurgias. Quatro casos envolvem problemas físicos menos graves ou não especificados. Apenas o Athletico não tem jogadores afastados, enquanto alguns nomes já estão em fase de transição física.
O Fluminense é o mais impactado, com seis jogadores fora de combate. Já Botafogo, Corinthians e Vasco possuem cinco jogadores afastados cada um. O clube paulista, que está lutando contra a degola junto com o tricolor (se enfrentam hoje, às 21h), além dos problemas físicos, ainda enfrenta a ausência em campo do atacante Yuri Alberto, que está em recuperação após cirurgia de retirada da vesícula biliar.
Em relação às lesões musculares, Botafogo, Fortaleza e Bragantino, ocupam as primeiras posições, cada um com três lesões.
O Botafogo, líder do campeonato, por exemplo, tem mantido a campanha na Libertadores e no nacional (foi eliminado da Copa do Brasil nas oitavas) com as lesões musculares na coxa direita de Jeffinho — que aproveitou o afastamento para passar por uma artroscopia no joelho — e do meia Eduardo, que se deparou com um problema no músculo anterior da coxa direita resultando em cirurgia. No último fim de semana, o técnico Artur Jorge poupou titulares, e o Botafogo foi surpreendido com uma derrota para o Juventude no Alfredo Jaconi.
O Fortaleza, vice-líder do Brasileirão, a um ponto e com um jogo a menos que o Botafogo, também enfrentou adversidades em uma competição paralela. Na última quarta-feira, quando foi até a Argentina enfrentar o Rosario Central pela Copa Sul-Americana, já estava desfalcado do meia Calebe (em fortalecimento muscular) e do atacante Lucero (com edema muscular na coxa direita). Durante a partida, perdeu Marinho, outro atacante crucial. Logo após marcar um belo gol no empate em 1 a 1 para o Leão do Pici, ele sentiu dores na coxa esquerda e precisou ser substituído.
Próximo da Copa do Brasil
Enquanto a última semana teve o começo das oitavas de final da Libertadores e Sul-Americana, com os jogos de volta agendados para os próximos dias, a Copa do Brasil vai apertar ainda mais o calendário. Os confrontos de ida das quartas (com os duelos sorteados na segunda-feira) estão marcados para o final deste mês, a partir do dia 28. Os jogos de volta começam em 12 de setembro, uma semana antes das quartas da Libertadores.
Não há alternativa senão fazer um rodízio no elenco ao longo das competições. Uma desvantagem das equipes brasileiras que os adversários já estão cientes.
—Acredito que a questão do calendário brasileiro pode ser decisiva. Isso afeta muito os jogadores deles, essas lesões não estão acontecendo por acaso. O calendário está dificultando, muitos jogos pesados, de alta intensidade e um atrás do outro, tem mais um jogo no domingo (contra o Botafogo) que acho que vai prejudicar bastante – destacou o atacante brasileiro Bruno Sávio, do Bolívar, após a derrota para o Flamengo.
Com 16 rodadas do Brasileirão e três fases eliminatórias antes das finais de cada competição, quem conseguir usar menos o departamento médico sai na frente.
Fonte: O Globo
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