O Vasco, que luta e se entrega em campo, não conseguiu apresentar um bom desempenho. A equipe se preparou para um confronto difícil em Goiânia e batalhou intensamente. No entanto, faltou impor seu talento técnico diante de um adversário frágil. Mesmo assim, a vitória quase aconteceu. Porém, uma desatenção no final resultou no empate e consequentemente, na permanência na zona de rebaixamento.
O empate em 1 a 1 com o Goiás pode-se dizer que foi um resultado justo considerando o futebol apresentado em campo. Tanto é que Léo Jardim se destacou como o melhor jogador da partida, realizando defesas espetaculares.
Ramón Díaz tentou reinventar o Vasco, promovendo diversas mudanças, reforçando a defesa e alterando a tática e o ataque. A equipe se tornou menos vulnerável, porém perdeu poder ofensivo, com um ataque praticamente ineficaz no primeiro tempo.
A ausência de Paulinho teve um impacto significativo, assim como as lesões de Marlon Gomes e Rossi, já que o elenco é reduzido e conta com poucas opções. No entanto, a escolha de uma equipe menos criativa, com Serginho e Alex Teixeira na linha de frente, não funcionou. O treinador justificou as mudanças, explicando o cansaço de jogadores como Payet e Pec, que tiveram pouco tempo para se recuperar após o jogo contra o Inter. A estratégia era controlar o jogo no primeiro tempo e buscar a vitória no segundo tempo.
Com essa estratégia, Ramón Díaz surpreendeu na escalação. Com cinco alterações em relação ao jogo contra o Inter e uma nova tática, o treinador tentou trazer mais solidez defensiva e organização ao Vasco.
Com a posse da bola, o Vasco adotou uma formação com três zagueiros (Maicon, Medel e Léo), dois volantes (Zé Gabriel e Jair) e dois laterais (Robson e Piton). Sem a posse da bola, Robson recuava e formava uma linha de quatro zagueiros. Muitos jogadores para marcar, porém poucos para atacar.
Com as duas equipes preocupadas em não cometer erros e focadas na marcação, sobrou pouco espaço para os atacantes. Vegetti lutou bastante entre os zagueiros do Goiás, mas ficou isolado, faltando aproximação de Alex Teixeira e Serginho.
A única oportunidade de perigo do Vasco ocorreu em um cruzamento de Piton para Vegetti, que cabeceou para a boa defesa de Tadeu. O Goiás, por sua vez, também não apresentou muitas jogadas de perigo, mas encontrou mais espaços em comparação ao Vasco, apesar do excesso de jogadores defensivos do time carioca.
Incomodado com a falta de produção ofensiva, Ramón Díaz seguiu com sua estratégia e realizou duas substituições no intervalo. Praxedes e Pec entraram nos lugares de Léo e Serginho, fazendo com que Piton retornasse à lateral.
O jogo melhorou. No entanto, quem teve as chances mais claras no início do segundo tempo foi o Goiás, contando com importantes intervenções de Léo Jardim.
Aos poucos, porém, o Vasco passou a encaixar contra-ataques, principalmente com Gabriel Pec. Em uma dessas jogadas, a equipe conseguiu um escanteio. Na cobrança, Maicon desviou de cabeça e Vegetti marcou o gol.
O jogo mudou com a vantagem do Vasco. O Goiás se lançou ao ataque e o time carioca encontrou espaços. No entanto, faltou precisão no último passe. Praxedes e Pec desperdiçaram ótimos contra-ataques. Payet, livre, ficou irritado com a decisão de Pec de fazer uma jogada mais complicada com Vegetti.
Por outro lado, Léo Jardim estava prestes a se tornar o herói da importante vitória. O goleiro fez várias defesas, inclusive duas espetaculares, diante da pressão do Goiás. No entanto, após a expulsão de Vegetti, ficou difícil segurar o resultado. Babi marcou de cabeça logo após a saída do argentino. O sentimento geral no Vasco foi de frustração diante dos pontos perdidos no final da partida e na permanência na zona de rebaixamento.
Fonte: ge