“O projeto visa conscientizar e formar os docentes para que abordem a temática do racismo no futebol de forma crítica e informativa, ajudando os jovens a perceberem a relevância da luta contra a discriminação em todos os setores,” comentou Giovanni Codeça, coordenador do curso de História da UVA.
Temas abordados na formação
A formação, que faz parte do curso de História da UVA e é promovida pela vice-presidência de História e Responsabilidade Social do Vasco, discute questões essenciais para entender o racismo no futebol, incluindo:
- A inserção da população negra no futebol brasileiro: Exemplos históricos de clubes como Ponte Preta, Bangu e Vasco da Gama, que enfrentaram desafios para incluir atletas negros em suas equipes.
- A resistência histórica do Vasco (1924): O momento em que o clube se opôs à exclusão de jogadores negros e pobres, representando um marco contra a discriminação racial no esporte.
- O goleiro Barbosa e o Maracanazo (1950): Uma análise sob a ótica do racismo, contextualizada em um mural em São Januário, realizado pelo coletivo Negro Muro.
- A representação do negro na mídia esportiva: Reflexões baseadas na obra “O Negro no Futebol Brasileiro”, de Mário Filho, que discute como o racismo era retratado pela grande mídia.
- O caso Vinicius Junior: Um exemplo recente de racismo no futebol, que conecta os desafios do passado com os do presente.
“A história do Vasco é um símbolo de resistência e inclusão no futebol. Compartilhar esses relatos com os futuros educadores é crucial para motivar as novas gerações a se levantarem contra o racismo,” enfatizou Walmer Peres, historiador do Vasco e coordenador do Centro de Memória CRVG.
Formação de professores
Neste primeiro momento, a iniciativa está preparando 12 bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), com financiamento da Capes. Esses estudantes, que já estão em atividade nas escolas durante sua formação, terão acesso a recursos didáticos e experiências práticas que os capacitarão a tratar a questão do racismo de maneira crítica e envolvente nas salas de aula.
Fonte: Diário do Rio