O Vasco encerrou a temporada com muita luta e tensão para evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O time chegou à última rodada em perigo de cair para a Série B, porém venceu o Bragantino em uma partida emocionante e assegurou sua permanência na elite nacional. Apesar de ter ficado na parte inferior da tabela, em questões médicas, não causou muitos problemas ao treinador argentino, se destacando de forma positiva em 2023. O Vasco foi o segundo clube da Série A com menos casos clínicos na temporada.
O clube teve 23 contusões, duas a mais do que em 2022, e ficou atrás apenas do Cuiabá, com 20. Dezesseis jogadores diferentes desfalcaram o time em pelo menos um jogo oficial devido a lesões neste ano.
O chefe do Departamento de Saúde e Desempenho (DESP), Gustavo Caldeira, enfatizou a importância do investimento no setor, em um ano de maior orçamento da história do clube, que se tornou SAF em setembro do ano passado.
– O objetivo do DESP é garantir a disponibilidade do maior número de atletas para o treinador, seja evitando lesões ou garantindo uma recuperação mais rápida. Essa tem sido a nossa filosofia desde que cheguei em 2021. Acreditamos que a maior virtude do DESP seja a rápida disseminação da informação, o que nos permite ter uma equipe de resposta rápida, identificando problemas precocemente e intervindo de forma oportuna, contando com profissionais altamente capacitados e experientes em todas as áreas. Houve um investimento significativo ao longo de 2023 no setor, o que possibilitou aos atletas receberem tratamentos com equipamentos mais modernos e treinarem com aparelhagem de alta qualidade. Esses equipamentos nos fornecem dados ricos, o que nos permite ter protocolos objetivos e critérios claros de alta, resumindo, conseguimos ser mais eficientes – afirmou.
O jogador que mais desfalcou o time foi De Lucca. O volante sofreu duas contusões no ano. A primeira foi uma lesão na coxa direita, durante a pré-temporada, em janeiro, que o deixou de fora de quatro jogos do Campeonato Carioca. Em seguida, sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo no início de março e precisou passar por cirurgia. Desde então, o jogador de 22 anos não retornou aos gramados. Ele participou de apenas quatro dos 53 jogos do Vasco em 2023.
– De Lucca fez uma reconstrução do ligamento cruzado anterior esquerdo em 31/03/2023. Atualmente trabalhamos com um prazo de retorno entre oito e 10 meses (com uma média de nove meses), Patrick voltou após oito meses. Estendemos esse prazo por segurança, visando reduzir a taxa de relesão do enxerto de 15% para 3%, em comparação com o retorno feito em seis meses, de acordo com a literatura mundial – explicou Gustavo Caldeira.
Frequência no Departamento Médico
Orellano, por sua vez, foi o jogador que mais frequentou o departamento médico. Ele teve três problemas médicos ao longo do ano. Em janeiro, sentiu dores na coxa esquerda durante um treino. Cinco meses depois, o meia sofreu um trauma no tornozelo que o afastou por 17 dias. Posteriormente, teve uma fratura na mão direita na partida contra o Cuiabá, em 02 de novembro, pelo Brasileirão, na qual marcou o único gol com a camisa cruz-maltina.
Maior investimento do Vasco na temporada (o clube pagou cerca de R$ 20 milhões ao Vélez Sarsfield), Orellano optou por engessar o braço, após consulta com médico na Argentina, e não jogou mais até o fim da temporada. Foram 23 jogos pelo Cruz-Maltino, e desfalcou a equipe em 10 partidas devido às lesões. Confira abaixo todas as partes do corpo afetadas por lesão no ano:
Critérios e Metodologia
As informações utilizadas para esta pesquisa foram retiradas do site oficial do Vasco e apuradas junto aos setoristas do ge no dia a dia.
O período abrangido por esta pesquisa foi de 01 de janeiro de 2023 até a data da publicação desta matéria: 28 de dezembro de 2023. Todas as baixas médicas sofridas pelos jogadores fora desse período não entraram na pesquisa.
O critério para inclusão de um atleta no levantamento foi o veto pelo departamento médico de pelo menos uma partida oficial por motivo clínico. Todos os problemas médicos que impediram a escalação do jogador na equipe para a partida seguinte foram computados no levantamento. Jogadores poupados e com desgaste físico não entraram na conta, assim como problemas fisiológicos.
Fonte: ge
