A FGV havia dado prazo até esta quinta-feira, dia 31 de outubro, para que as partes se manifestassem sobre um possível acordo entre Vasco e A-CAP, mas isso não ocorreu. Diante disso, a arbitragem será reiniciada automaticamente.
Nesta disputa, o Vasco busca anular o contrato de investimento e o acordo de acionistas com a 777 Partners, enquanto os norte-americanos querem retomar o controle e o contrato assinado em 2022. E as diferenças são grandes até nos valores envolvidos: o clube de São Januário estipulou o valor da causa em apenas R$ 1 milhão, enquanto a 777 fixou em R$ 700 milhões, que é o mesmo montante do contrato original de investimento na SAF vascaína.
Em julho, a arbitragem estava na fase de escolher os três árbitros. O Vasco indicou a advogada Ana Tereza Basílio, enquanto os representantes dos americanos optaram pelo advogado Maurício Almeida Prado. A FGV havia enviado uma lista com outros nomes para a escolha do terceiro árbitro, mas a paralisação ocorreu devido a uma decisão dos envolvidos.
Entenda o caso
O Vasco associativo entrou na Justiça contra a 777 no dia 15 de maio. A ação cautelar tramitava em sigilo na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o Vasco venceu nas duas primeiras instâncias, garantindo assim o controle do futebol e a desobrigação do antigo investidor americano de fazer o investimento previsto para setembro.
O contrato entre o Vasco e a 777 Partners previa que conflitos judiciais entre as partes fossem resolvidos através de arbitragem com mediação da FGV.
A suspensão da arbitragem também atendia aos interesses da A-CAP e do Vasco, que buscavam uma solução rápida para a venda da SAF do clube a fim de minimizar os prejuízos da seguradora americana. Em um primeiro momento, a 777 demandava U$S 120 milhões, além da complementação do contrato – ou seja, cerca de R$ 1 bilhão em reais.
Fonte: ge