Analisando os números, do ano de 2006 até agora, o Vasco superou a marca de 50 pontos (43%) em apenas cinco temporadas: 2006, 2007, 2011, 2012 e 2017. Nas outras nove, o clube obteve entre 40 pontos em 2008 e 50 pontos em 2024. Um detalhe notável é que, nas três melhores campanhas, o clube contou com profissionais qualificados na gerência de futebol: Paulo Angioni (2007), Rodrigo Caetano (2011) e Anderson Barros (2017).
Em 2006, ano em que se iniciou o modelo de pontos corridos com 20 clubes e quatro rebaixados, Eurico Miranda acumulou as funções de presidente e técnico, e em 2012, Cristóvão Borges exercia ambos os papéis. Geralmente, o futebol vascaíno esteve sob a direção de pessoas que não eram familiarizadas com o clube ou que não tinham a capacidade necessária para lidar com os desafios de um ambiente tão competitivo. Isso ajuda a explicar as campanhas fracas em um modelo que requer não apenas recursos financeiros, mas também prestígio e um bom planejamento.
A recente derrota para o Ceará, por 2 a 1, no Castelão, antes de outro duelo contra o Flamengo, atual líder do campeonato, reforçou essa tendência: a equipe entregue a Fábio Carille, sob a supervisão do presidente Pedro Paulo, do diretor Felipe Loureiro e do executivo Marcelo Sant’Anna, parece limitada a alcançar uma média de 1,5 ponto por rodada, como evidenciam os seis pontos acumulados até agora. E essa média já é considerada otimista. Amanhã, o Vasco jogará no Maracanã em busca desse desempenho.
Se conseguir manter essa média de 1,5 ponto por rodada, ao final das 38 rodadas, somará 57 pontos e terminará a Série A disputando um lugar entre os dez primeiros da classificação. Evitar perder o clássico já seria um grande avanço. É frustrante, mas é a realidade de um clube em recuperação judicial, que não tem gerado novas receitas significativas há quase um ano e que ainda se sustenta pela paixão de seus torcedores…