O Vasco da Gama divulgou uma declaração nesta terça-feira (16) afirmando que um de seus atletas das categorias de base do remo foi detido de maneira injusta por policiais militares ao voltar de um treino no Cruzmaltino.
Conforme o comunicado do Clube, o adolescente de 14 anos foi abordado dentro de um ônibus ao retornar para sua residência, no morro do Tuiuti, na região central do Rio de Janeiro. Ele foi acusado pela polícia de ter roubado um celular.
Segundo o Gigante da Colina, o remador pediu aos policiais para entrar em contato com o Vasco da Gama e explicar que estava apenas voltando de um dia de treinos, mas a comunicação não foi feita.
Confira o comunicado na íntegra
O Club de Regatas Vasco da Gama informa que foi procurado pela mãe de um atleta de 14 anos da base do remo vascaíno relatando que ontem, 15/1, seu filho foi injustamente preso dentro de um ônibus quando regressava do treino para sua casa, no morro do Tuiutí.
O menor havia sido detido por policiais militares e conduzido para a delegacia, onde foi registrado boletim de ocorrência enquadrando o jovem, que é negro, como “adolecente infrator”, acusado de furtar um aparelho de telefone celular.
O fato do jovem ter se apresentado como atleta do Vasco da Gama e mostrado documento do clube foi desconsiderado. A autoridade policial não fez contato com o Vasco da Gama.
Diante desse caso gravíssimo, o CRVG informa que acionou seu departamento jurídico para atuar em representação de seu jovem remador buscando a indispensável reparação da injustiça praticada.
O Vasco da Gama não permitirá que o nome de seu atleta seja manchado e está dando todo o apoio a sua família.
Episódio de racismo na Copinha
No último sábado (13), o meia e capitão do Vasco na Copinha, Lucas Eduardo relatou ter sido alvo de racismo após a eliminação da equipe para o Vitória. Na ocasião, o atleta foi atingido por uma garrafa e ainda denunciou gritos de macaco vindos das arquibancadas.