Sendo um fator importante no acordo proposto pelo Vasco ao Ministério Público do Rio de Janeiro, o sistema de reconhecimento visual será gradualmente implementado em São Januário. Essa é uma das principais exigências para que o estádio seja liberado para receber o público novamente, o que não acontece desde o dia 22 de junho.
O sistema de identificação, além de garantir a segurança, trará outros benefícios, como a eliminação do uso de ingressos físicos. Outro objetivo dessa tecnologia é combater a revenda ilegal de ingressos, um problema enfrentado em todos os estádios do Brasil.
O plano do clube é instalar o reconhecimento visual nas catracas de São Januário, começando pelos setores menores, como o de entrada gratuita. Caso a proposta seja aceita em uma reunião futura com o Ministério Público, o Vasco pretende que o sistema já esteja funcionando em alguns acessos ao estádio no jogo contra o Coritiba, no dia 21 de setembro.
O Vasco já estava instalando novas catracas modernas no estádio antes mesmo da interdição pela Justiça, o que facilitará a implementação da identificação visual. São Januário será o primeiro estádio do Rio de Janeiro a utilizar esse sistema de reconhecimento visual.
No entanto, esse sistema não será exclusividade de São Januário, pois a Lei Geral do Esporte já estabelece a adoção dessa tecnologia em todos os estádios de futebol até junho de 2025. O Vasco planeja implementar a identificação visual em todas as entradas do estádio até o final do próximo ano.
Em agosto passado, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que estabelece diretrizes para o uso e implementação de sistemas de monitoramento visual em estádios e outros locais de competições profissionais.
De acordo com o texto aprovado, o sistema de reconhecimento visual será opcional, dependendo da necessidade de cada local, para garantir a proteção dos direitos fundamentais, a privacidade e a segurança dos torcedores e jogadores.
No Brasil, Palmeiras, Goiás e Atlético-MG já utilizam o sistema de reconhecimento visual em suas arenas. No caso do time paulista, a empresa BePass foi responsável pela implementação, enquanto a Imply implantou no estádio do Galo.
Fonte: ge