Como tudo isso aconteceu tão rápido? A entrevista exibida no Globo Esporte nesta sexta-feira ajuda a esclarecer.
— Parei de jogar na linha aos 13 anos. Até essa idade, eu atuava como jogador de linha, jogando de meia. Percebi que não estava dando muito certo. No futsal, jogava de goleiro-linha, e assim me convenceram a testar como goleiro. Recebi a chance de fazer um teste no Volta Redonda, passei e, aos 15 anos, cheguei ao Vasco.
— Não tinha muita vontade de ser goleiro, mas meu pai me incentivou a fazer o teste, passei, e acabei gostando bastante da posição. Sei que é uma função ingrata, mas aprendi a gostar. Fui evoluindo a cada dia até chegar aqui. Nunca me arrependi. Estar aqui é a prova de que estava trilhando o caminho certo — afirmou o goleiro.
E a grande oportunidade chegou para Pablo. Após muitos anos na base do Vasco, ele vai estrear na equipe principal do clube neste sábado, na primeira rodada do Campeonato Carioca. Ciente da responsabilidade, o goleiro reconhece a importância desse momento.
— É uma oportunidade única para mim. A chance da minha vida. Trabalhei duro para chegar até aqui. Estou seguindo meu caminho e espero mostrar tudo que aprendi — comentou Pablo.
Pablo, goleiro do Vasco — Foto: Dikran Sahagian/Vasco
O sorriso tímido e o nervosismo ao dar sua primeira entrevista como jogador de futebol quase enganaram a todos, mas Pablo rapidamente demonstrou sua personalidade ao compartilhar uma brincadeira que teve com Léo Jardim durante uma conversa nesta semana.
— Conversei com o Léo Jardim ontem. Brinquei com ele: “Imagina se eu faço uma boa estreia, e no segundo jogo também… quem sabe surge uma oportunidade no terceiro e no quarto”. Ele riu e brincou de volta comigo. Era tudo uma piada, mas estou realmente buscando meu espaço dentro do clube. Tenho potencial e evoluo muito com ele. É uma brincadeira, mas ao mesmo tempo é sério.
Essa brincadeira surge da admiração que Pablo tem por Léo Jardim, o goleiro titular do Vasco e sua principal inspiração na posição. O jovem de 21 anos também se inspira em ídolos da história do clube, como Acácio, Carlos Germano e Helton, os três revelados em São Januário.
— Aqui tenho várias referências. Posso citar dois que trabalhei, como Acácio e Germano. Tem também o Helton. E o Léo Jardim, que é minha maior inspiração atualmente. Trabalhar ao lado dele tem sido incrível, é um grande amigo que ensina muito para mim.
Torcedor dentro e fora de campo, Pablo espera ouvir apenas uma coisa após o apito final em sua estreia: a música “Na Barreira Eu Vou Festejar”, que embala as celebrações das vitórias do Vasco.
— A torcida pode esperar um time determinado. Morei seis anos dentro do clube. Sei o que é ser parte do Vasco, estudei, cantei em São Januário com a galera. Não sou apenas um jogador, sou um torcedor dentro de campo também.
Fonte: ge
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