Em meio à controvérsia do VAR, o Cuiabá foi derrotado pelo Vasco por 2 a 0 na noite de quinta-feira, na Arena Pantanal, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar de completar quatro jogos sem vencer em casa, o técnico António Oliveira afirma que enxerga a situação por um ângulo diferente e argumenta que o árbitro de vídeo não utilizou a câmera apropriada para traçar as linhas no lance do primeiro gol vascaíno.
“Eu não encaro o campeonato dessa forma. Claro, gostaríamos de ter conquistado mais pontos em casa, mas quantos jogos tivemos em que o resultado foi injusto? O primeiro tempo foi muito morno, tecnicamente cometemos muitos erros, mas o adversário veio com uma estratégia, eles estão desesperados por pontos. Voltamos para o segundo tempo com uma pressão ofensiva constante e depois passamos por cinco a dez minutos de dificuldade, no qual o adversário fez o gol. Não vou comentar sobre a arbitragem, mas a câmera correta para traçar as linhas inexplicavelmente não foi usada. A olho nu, nem era preciso recorrer à câmera, mas temos visto várias coisas estranhas. Deve haver uma verdade esportiva, o que, na minha opinião, não aconteceu.”
O treinador auriverde já havia feito recentes reclamações sobre a atuação da arbitragem na derrota para o Corinthians. E ele voltou a mencionar que o peso dos escudos das equipes influencia nas decisões dos árbitros.
“Observe o espaço de tempo do início ao fim da revisão. Imagine as pessoas no VAR, a confusão ali. Eu só estou dizendo que a câmera que deveria ter sido usada não foi. Eu quero saber por quê. Quero evitar polêmicas, mas na minha opinião eles olham para o escudo.”
O português projetou o jogo contra o Santos, na próxima segunda-feira, na Vila Belmiro, e exigiu o que ele chama de “verdade esportiva”. Segundo o técnico, a pressão externa atrapalha as ações dentro de campo.
“Mais um desafio, contra uma equipe que está crescendo. O que eu peço é que a competição seja realmente decidida dentro de campo. Pela verdade esportiva, para valorizar a competição. É um dos melhores campeonatos do mundo, tem bons jogadores e treinadores. Não há outro campeonato no mundo com tantos times lutando igualmente.”
“Espero que isso esteja acontecendo, de condicionar o trabalho dos envolvidos no esporte, não é necessário. E não estou favorecendo apenas o meu time, ao longo do campeonato já fomos beneficiados e prejudicados. Os dirigentes devem dar o primeiro exemplo para evitar que a situação chegue aos torcedores e termine em tragédia. O futebol é bonito, há muito dinheiro em jogo, mas não precisa ser assim. Os árbitros são seres humanos, eles também erram. Não é necessário haver pressão externa, ameaças e favorecimentos.”
Com a derrota, o Cuiabá permanece com 40 pontos, ocupando a 10ª posição no Brasileirão, a seis pontos do próprio Vasco, que abre a zona de rebaixamento.