Durante a apresentação, Tchê Tchê contou que não é a primeira vez que usa a camisa do Vasco. O volante lembrou que, em partidas anteriores, costumava trocar de uniforme e sempre pedia a camisa vascaína, pois a achava muito bonita.
Tchê Tchê foi campeão do Brasileiro e da Libertadores de 2024 pelo Botafogo — Foto: João Guerra/ge
— Tive outras propostas, outras oportunidades, mas foi uma decisão minha estar aqui. Optei por vestir a camisa do Vasco. Acredito que colhemos o que plantamos. As palavras têm um poder imenso. Várias vezes, ao trocar de uniforme após jogar contra o Vasco, eu usava a camisa deles, pois achava muito bonita. Agora, estou super feliz por estar aqui. Minha família está radiante. O peso da camisa do Vasco fala por si.
Reconhecido pela diretoria do Vasco como um jogador versátil, Tchê Tchê mencionou que está preparado para desempenhar várias funções no campo.
— Estou há apenas uma semana aqui, e já me sinto muito bem adaptado. Esperava isso, mas não imaginava que seria tão rápido e acolhedor. Estou disponível para atuar em várias posições, mas deixo para o treinador decidir. Venho com vontade, feliz e ansioso para aprender com os mais novos e os mais experientes. Espero que tudo flua bem.
Apesar da disposição para ajudar em diversas áreas do campo, Tchê Tchê deixou claro que seu lugar preferido é no meio-campo.
— Sempre me vi como meio-campista. É assim que eu me enxergo. Independentemente da função, eu sou meio-campista. Já joguei em outras posições, mas minha preferência é na faixa central. Vestir a camisa do Vasco é uma alegria imensa. Quando eu era criança, sonhava em usar uniformes de grandes clubes. Estou muito contente, essa é uma chance enorme e espero aproveitar ao máximo.
Tchê Tchê em treino do Vasco — Foto: Matheus Lima/Vasco
Tchê Tchê irá usar a camisa 3 no Vasco. A escolha possui várias razões, mas a principal é uma homenagem ao jogador de futebol americano Odell Beckham Jr, que conquistou o Super Bowl com essa numeração.
— Existem vários motivos. Sou fã de um atleta de futebol americano, o Odell Beckham Jr, que foi campeão com a 3 no Super Bowl pelo Los Angeles Rams (em fevereiro de 2022). Tenho um amigo, Eduardo, que jogava com a 3 na Arábia Saudita, no Botafogo, e ele me deu sua bênção. Também há um lado de fé, representando o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Poderia listar dez motivos, mas fico apenas com esses três.
Veja outros trechos da entrevista coletiva
Características de um jogador vencedor — Não sou muito de falar sobre mim, não é timidez, mas prefiro deixar isso para os outros. Fico feliz em estar aqui com a sala cheia. Tem um significado enorme para mim. Estou realizando um sonho de infância. Eu odiei perder desde sempre. Seja em qualquer situação. Até em brincadeiras dentro de campo, sempre levei a sério.
— Claro que haverá momentos de descontração, mas perder não é uma opção para mim. Embora possamos perder, no esporte de alto nível, precisamos minimizar os erros para conquistar vitórias. O crucial é ter uma cobrança interna maior que a externa. Estamos todos os dias aqui e, ao pisar no gramado, é preciso ser sério, com disputa sadia, mas tem que ter determinação.
Parceria com Jair — Já nos conhecemos há bastante tempo. Jogamos juntos antes. Quando cheguei ao CT, curiosamente, foi a primeira pessoa que vi. Cumprimentei o pessoal e logo ele desceu do carro. Ele brincou que iria me mostrar as instalações e entrosar com o grupo. Durante nosso tempo juntos no Galo, ele me ajudou muito e eu também espero ter contribuído. Agora, vamos juntos trazer alegrias para a nação vascaína.
Fama de campeão por onde passa — O pessoal tem brincado dizendo que espero trazer sorte e manter essa sequência de títulos. Não encaro isso como uma pressão, é algo positivo, né? Fico muito contente com isso. Como já disse, não faço isso sozinho; temos um grande grupo e estou certo de que podemos alcançar grandes objetivos. Não estou falando apenas para agradar ninguém, é a realidade que percebo nesta semana de treinos. O Vasco tem muita qualidade.
— No elenco, é vital ter uma cobrança forte internamente. Perder é desgastante e fica mais fácil corrigir erros quando se está vencendo. O fundamental é a competitividade e a cobrança interna, porque, como mencionei, o elenco é muito qualificado. Acredito que vamos conquistar coisas grandes e trazer alegria para todos.
O elenco do Vasco tem muita qualidade? Como imagina a parceria com Payet e Coutinho? — Definitivamente há muita qualidade. É difícil dizer se é o meio-campo mais qualificado que já joguei, pois não quero desmerecer outros que enfrentei. O Payet sempre foi uma referência para mim na Europa, com um currículo admirável. O Coutinho, apesar de ter a mesma idade que eu, sempre foi alguém que admirei. Até brinquei com ele sobre isso, sempre fui fã dele. Ele é uma pessoa incrível, muito humilde, e espero que essa união funcione bem. Se precisar correr por eles, vou correr com toda certeza. Essa é a expectativa de todos, que essa união fortaleça o grupo.
Início de pré-temporada e trabalho com Carille — O contato tem sido ótimo, temos treinado bastante. Todo começo de temporada é desafiador, pois a gente repousa não só o corpo, mas também a mente. A adaptação honra a expectativa e estamos entendendo o que o treinador busca de nós.
Ambiente e a importância de uma liderança — Sou alguém que procura interagir com todos. Na minha visão, todos precisam estar alinhados. Não adianta quem está em campo estar feliz se o restante da equipe não está. O Vasco fez um bom campeonato na segunda metade do ano passado e, com certeza, sempre há coisas a melhorar, mas creio que estamos em uma crescente.
Sobre o presidente Pedrinho — Já o conhecia de fora do clube. Tenho um respeito e admiração totais pela sua história e o significado que ele representa para o Vasco; sabemos de sua importância como ídolo.
Fonte: ge
Escreva seu comentário