Um ano atrás, após intensa mobilização e luta incansável, o Vasco conseguiu a liberação de São Januário para sua torcida, que estava afastada do estádio por mais de 90 dias.
No dia 13 de setembro de 2023, o Cruz-Maltino firmou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permitiu a reabertura de São Januário para o público, depois de uma interdição controversa.
Para conseguir a liberação do local, o Vasco se comprometeu a implementar várias medidas visando aprimorar a segurança e o acesso ao estádio.
Mas o que realmente foi feito nesse intervalo e quais mudanças ocorreram em São Januário desde então? A Trivela traz os detalhes.
A Justiça cobrou medidas de segurança em São Januário
No acordo firmado entre o Vasco e o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, foram estipuladas sete grandes ações que deveriam ser executadas pelo clube e pelos órgãos de segurança. O que estava ao seu alcance foi realizado, mas uma ação que dependia do próprio Ministério Público ainda não foi concretizada.
- Reforma e ampliação do Portão 9, eliminando as entradas individuais: concluído.
- Instalação de novas câmeras com maior definição e capacidade de captura de imagens nítidas dentro de São Januário, além de câmeras voltadas para o perímetro externo do estádio: concluído. O MPRJ ainda planejava realizar uma visita técnica para inspecionar as câmeras externas.
- Implementação da biometria facial em São Januário: concluído. O Vasco foi o pioneiro no Rio de Janeiro a ter 100% das catracas do estádio equipadas com biometria facial. Em contato com a Trivela, o MPRJ destacou que o Vasco ainda “antecipou os prazos definidos no TAC”.
- Assegurar o acesso dos órgãos de segurança e fiscalização ao Centro de Monitoramento e Segurança de São Januário: concluído.
- Criar um espaço para o Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE) estabelecer um “Posto Avançado de Controle” em São Januário: concluído.
- Promover ações educativas com as torcidas organizadas do clube e informar ao MP sobre as atividades realizadas a cada dois meses: O Vasco assegura que está cumprindo esta medida. O clube precisa enviar, bimestralmente, um relatório comprovando as ações realizadas.
- Apoiar a criação de um “Grupo de Trabalho – São Januário”, com cooperação entre órgãos públicos e a FERJ: O Grupo de Trabalho ainda não foi criado. O Vasco está colaborando para sua formação. O MPRJ afirmou que o “GTT-Desporto/MPRJ está encarregado das negociações para a criação do GT-São Januário, semelhante ao GT-Maracanã”.
A Trivela confirmou a implementação das ações com fontes ligadas ao Vasco e com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
O Vasco enfrentou sanções tanto da Justiça Desportiva quanto da Justiça Comum devido à confusão ocorrida na partida contra o Goiás, no Campeonato Brasileiro, no final de junho de 2023.
O Cruz-Maltino foi punido pelo STJD com quatro jogos sem público. Além disso, em uma decisão controversa, sustentada por um relato tendencioso de um juiz acerca da Barreira do Vasco, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro inicialmente interditou o Estádio de São Januário para qualquer evento esportivo.
Subsequentemente, o local foi autorizado a receber jogos, mas sem a presença de público. Com isso, São Januário ficou interditado para os torcedores por 83 dias. O estádio só retomou a presença da torcida na goleada sobre o Coritiba, que ocorreu 91 dias após o confronto com o Goiás.
Fonte: Trivela