O ex-jogador deu seu apoio aos comentários de Raphinha, mas quando atuou como atleta, ele adotava uma postura bem mais conciliatória em solo argentino.
Romário jamais teve a oportunidade de jogar pela seleção brasileira em território argentino, mas em sua carreira por clubes, nas competições sul-americanas, sempre optou pelo bom senso ao invés de um clima conflituoso como o que Raphinha experimentou.
Sua abordagem cautelosa é retratada nas páginas do acervo digital do jornal O Globo.
Na icônica final da Supercopa da Libertadores em 1995, contra o Independiente, ele teve uma atuação anônima e foi avaliado com apenas 2 pontos, numa escala de 1 a 100, por ter sido praticamente invisível durante toda a partida.
O jornal justificou essa nota baixa dizendo que ele foi “um burocrata de hábito. Isolado no ataque, foi facilmente vigiado pelos defensores. Não fez nada para evitar essa situação”.
Em 2000, durante a conquista do título do Vasco na Copa Mercosul, Romário participou de três jogos na Argentina. Ele balançou as redes contra San Lorenzo e River Plate, mantendo uma postura calma e evitando controvérsias antes das partidas.
Antes de um confronto contra o Rosario Central, ele falou sobre a “catimba”, mas afastou qualquer ideia de que os argentinos fossem desleais.
“Comigo, sempre foram corretos. Eles marcam forte como nossos zagueiros. Entretanto, um embate entre essas duas escolas sempre traz uma rivalidade. Sabemos que eles utilizam alguns truques, mas nós, brasileiros, devemos manter nosso nível”, afirmou.
Romário também aconselhava o time a ter cautela quando jogava na Argentina. Antes da partida contra o River, disse: “A melhor forma de jogar deve ser definida por Oswaldo (de Oliveira, então técnico do Vasco). Para mim, o mais relevante é não sofrermos gol”.
Ele reiterou a importância da prudência ao embarcar: “O essencial lá é não perder”.
Fonte: ESPN