Philippe Coutinho está prestes a realizar o sonho de vestir novamente a camisa cruzmaltina. Enquanto aguarda o momento da sua reintegração ao elenco, o jogador terá um momento marcante neste sábado: sua apresentação oficial aos torcedores, com a expectativa de São Januário lotar para receber o ídolo da torcida vascaína.
Recentemente, outros atletas do Vasco vivenciaram experiências semelhantes ao retornar ao clube após passagens por outras equipes, sendo recebidos como grandes reforços, à altura da idolatria. O ge traz a você como foram as voltas de outras “crias”.
Roberto Dinamite (1980)
Em 1980, o ídolo máximo do Vasco, Roberto Dinamite, deixou o Gigante da Colina rumo ao Barcelona, porém, teve participação limitada no clube espanhol e desejava retornar ao Brasil. O Flamengo manifestou interesse em contratá-lo primeiramente e chegou a negociar sua transferência, entretanto, com a pressão da torcida, o Vasco agiu rapidamente graças a Eurico Miranda e concretizou o regresso do atacante apenas três meses após sua saída.
Dinamite foi recepcionado calorosamente no aeroporto (veja as imagens abaixo), com direito a uma festa com batucada e bandeiras. Em seu reencontro com a torcida, no Maracanã, ele marcou cinco gols e liderou a goleada sobre o Corinthians de Sócrates. A partir desse momento, Vasco e Dinamite conquistaram quatro títulos do Campeonato Carioca, além do Torneio João Havelange em 1981, juntamente com outras taças menores.
Animal (1996)
Revelado pelo Vasco em 1992, Edmundo retornou ao clube em 1996, após passagens por Palmeiras, Flamengo e Corinthians. Em um período conturbado para o Gigante da Colina, o retorno do atacante foi encarado como um possível resgate para a temporada vascaína. Sua reestreia em São Januário foi marcada por uma grande festa, com direito a chegada de helicóptero no gramado e a camisa 10 entregue por Eurico Miranda.
Edmundo foi fundamental na reação do Vasco no Campeonato Brasileiro daquele ano, sobretudo com seus gols contra o rival Flamengo. No ano seguinte, ele liderou a equipe na conquista do Brasileirão, sendo o artilheiro da competição com 29 gols.
Maestro (2010)
O “Maestro” Felipe, após cinco temporadas de sucesso no Al-Saad, do Catar, decidiu retornar ao Vasco em 2010. Recebido por aproximadamente 1.500 torcedores em São Januário, o jogador recebeu a camisa 6 de Pedrinho e celebrou seu regresso ao clube que o viu crescer.
No ano seguinte, apesar do início turbulento da temporada que resultou na saída do técnico PC Gusmão, Felipe brilhou no meio-campo do Vasco e foi um dos destaques na campanha do inédito título da Copa do Brasil, com a marcante final contra o Coritiba no Couto Pereira.
Reizinho Pernambucano (2011)
Apesar de não ter sido formado no Vasco, Juninho, que iniciou sua carreira na base do Sport, chegou cedo ao time de São Januário e é considerado uma das maiores identificações com o clube. Em 2011, após oito anos no Lyon e uma passagem breve pelo Al-Gharafa, do Catar, Juninho retornou ao Vasco. O clube organizou uma grande festa em São Januário para receber o ídolo (confira no vídeo abaixo). Junto com Felipe, destacou-se no futebol nacional aos 36 anos, contribuindo significativamente na conquista da Copa do Brasil.
TeixeGol (2022)
Há duas temporadas, em meio à luta do Vasco pelo retorno à elite do futebol brasileiro, Alex Teixeira demonstrou determinação em voltar ao clube, mesmo diante das dificuldades financeiras e da impossibilidade de manter os altos salários recebidos na China e Turquia. Seguindo a tradição, o Vasco preparou um evento grandioso em São Januário para receber o ídolo.
Teixeira teve participação fundamental na campanha de acesso, especialmente ao marcar dois gols na virada sobre o Operário, fora de casa. Na temporada seguinte, já na Série A e com o clube sob o regime de SAF, ele perdeu espaço e não teve seu contrato renovado ao término do ano. O meio-campista-atacante (que está próximo de ter seu retorno oficializado) deixou a equipe após 50 jogos e seis gols marcados.
Fonte: ge