Fernanda, que já vestiu a camisa da Seleção nas Olimpíadas de 2016, está em sua segunda passagem pelo Gigante da Colina. A primeira foi em 2004, onde ficou por seis anos, conquistando quatro títulos estaduais. Ela retornou ao clube em 2022 e desde então tem mostrado seu valor.
Em janeiro deste ano, Fernanda foi eleita presidenta da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para o ciclo de Los Angeles, que vai de 2025 a 2028.
Em uma entrevista exclusiva, Fernanda comentou sobre a convocação e o ótimo momento que está vivendo. Confira abaixo:
Quando o esporte e o remo chegaram à sua vida?
– Minha melhor amiga de escola era neta do vice-presidente de remo do Botafogo. Aos 12 anos, ela começou a remar e me chamou para ir junto. Na época, não praticava nenhum esporte, então decidi experimentar. Acabei me apaixonando – pela lagoa, pelo ambiente esportivo, pelos desafios. Fiz novos amigos e a convivência era intensa. Não consegui sair mais.
E sobre o Remo Costal, que é uma modalidade mais nova?
– Em 2023, quando fiquei de fora do Pan, recebi um convite para ir à Itália competir no Mundial de Sprint e Endurance. Fiquei em sexto lugar no mundo e, além disso, me encantei pela nova modalidade. Eu já estava há muito tempo no remo de água parada e não me sentia tão motivada. O remo costal trouxe uma nova energia, novos desafios e amizades pelo mundo todo.
Como foi sua primeira passagem pelo Vasco e como está sendo esta nova fase?
– O Vasco entrou na minha vida em 2004, quando bati na porta do clube acreditando que teria mais chances de ir para a seleção e alcançar um nível internacional. Fiquei seis anos, fui tetracampeã estadual, recebi bolsas de faculdade e pós-graduação. Sou muito grata ao clube. Retornei de vez em 2022 e desde então tenho evoluído, voltei à seleção e estou muito feliz aqui.
Sua convocação para representar a seleção brasileira na Copa América de Remo Costal, em abril, qual a importância desse reconhecimento?
– É fundamental! Tudo que faço é com paixão. Iniciar uma nova modalidade no Brasil, com toda a distância em relação aos locais onde o remo realmente brilha, e onde há infraestrutura adequada, é desafiador. Já fiz muita coisa maluca para treinar no mar e promover a modalidade, então fico extremamente feliz em vestir a camisa do Brasil e ir para essa competição.
Como você vê a evolução e o crescimento do remo costal no Brasil?
– Muito positiva! A maioria das pessoas que experimentam acabam gostando. O remo costal é uma verdadeira aventura, que exige treino e dedicação, mas também proporciona muitas risadas, “vídeocacetadas”, e uma interação incrível com a natureza. Neste momento, o Vasco, a Marinha do Brasil e o COB têm me dado total apoio. Temos que passar por essa primeira fase de implementação no país, trazendo o remo de volta para a beira do mar. Tenho certeza que muitos se apaixonarão assim como eu.
Você foi eleita presidenta da Comissão de Atletas do COB. Como surgiu essa oportunidade e como você vê essa responsabilidade?
– Desde 2016, participo de comissões de atletas. Sempre acreditei e gostei dessa atuação. Acredito que a voz dos atletas pode melhorar muito os resultados das entidades esportivas e proteger os atletas contra práticas abusivas que já aconteceram e ainda acontecem. Fui incentivada pelos membros da comissão e, sem eles, não teria dado esse passo. A responsabilidade é grande, mas como digo a todos, sou presidenta de um grupo que tem que estar unido e assumir essa responsabilidade juntos. Além disso, conto com um super vice-presidente, o Rafael Silva, o Baby, do judô. Estamos atuando em parceria e tenho certeza que vai dar certo!
Em Los Angeles 2028, será a estreia do Remo Costal nas Olimpíadas. Você sonha estar lá? Tem esse objetivo?
– Vejo Los Angeles como um objetivo ainda distante. Prefiro focar no meu dia a dia, curtir e evoluir nos treinos e competições. Se conseguir chegar lá em condições de representar meu país, será uma consequência do que estou trabalhando agora.
E para os vascaínos que desejam te acompanhar de perto e torcer por você, quais são suas redes sociais?
– Vou ficar muito feliz em ter mais vascaínos torcendo por mim no meu Instagram e Facebook.
Para encerrar, quais são as suas expectativas para o ano de 2025?
– Minhas expectativas são inspirar os jovens atletas a se apaixonarem pelo remo e pelo esporte. Quero me aprofundar ainda mais no remo costal, cuidar e proteger os atletas do meu país e, claro, dar orgulho para o Vascão e para o Brasil!
(Foto: Acervo pessoal)
(Foto: World Rowing)
(Foto: Comitê Olímpico do Brasil)
Fonte: Site Oficial do Vasco