Inquietação, reconforto, contentamento. São sentimentos que fizeram parte do ano de Jair no Vasco. O volante começou a época como titular, mas perdeu lugar no decorrer do ano. Da expulsão contra o Bahia ao tento sobre o América-MG, que tirou o time da zona de rebaixamento, o jogador viveu dias de tensão e de alegria no clube do Rio de Janeiro.
Em entrevista exclusiva ao ge, Jair recordou alguns momentos da época do Vasco e resumiu o sentimento imediato após a vitória sobre o Red Bull Bragantino, na última rodada
– Um alívio grandioso e muita contentamento – comemorou o meio-campista.
Comprado do Atlético-MG no início deste ano, Jair chegou ao Vasco com status de titular depois de ter sido multicampeão em Minas Gerais. No Galo, ele conheceu Alexandre Mattos, diretor que agora vai coordenar o futebol do clube carioca.
– O Mattos é um diretor vitorioso que conquista títulos por onde passa. No Galo, tivemos a contentamento de conquistarmos título juntos, onde pude fazer o tento da final do Mineiro contra o Tombense. Tenho certeza que ele vai nos ajudar muito. Temos tudo para iniciarmos um ciclo vitorioso no Vasco – elogiou Jair.
ge: qual foi o sentimento imediatamente após a vitória sobre o Bragantino? O que aconteceu no vestiário?
Jair: um alívio grandioso e muita contentamento. O grupo não merecia essa inquietação até o fim, mas nos unimos ainda mais nessa reta final e confiamos uns nos outros. Deu certo. Depois acho que todos nós queríamos agradecer… A Deus pela força e aos nossos familiares por entenderem de perto como foi o ano.
Você começou o ano como titular absoluto, mas acabou perdendo lugar após a chegada de Ramón Díaz. O que aconteceu naquele momento?
Acredito que o fato de ter perdido lugar está relacionado à opção do treinador e seu estilo de jogo, pois desde que cheguei ao Vasco sempre dei o meu melhor dentro e fora de campo para ser titular.
Creio também que com o tempo ele pôde conhecer melhor as minhas características e aproveitá-las, inclusive, me colocando como opção para a partida mais decisiva do ano.
O treinador chegou a dizer que conversou com você, explicou que precisava trabalhar mais no dia a dia… E depois você virou uma espécie de coringa, recuperou o bom futebol e ajudou o time na reta final. Teve alguma mudança de postura no dia a dia?
Estamos sujeitos a isso como jogador, momentos de glória e de tensão. Ainda mais quando queremos muito conquistar aquele objetivo, que era manter o Vasco na Série A, deixamos mais de 100% em campo. Claro que fiquei mal depois da expulsão, estava bem no jogo e não queria prejudicar o time nem ali, nem em outros jogos. Mas, aconteceu e pude me recuperar depois. O tento contra o América foi, sem dúvidas, um dos momentos mais contentes da época. Merecíamos a vitória.
Como você bem citou, dentro dessa reação do Vasco no campeonato, você viveu dois momentos marcantes: um foi a expulsão contra o Bahia, em que a torcida pegou bastante no seu pé; e o outro foi o tento da vitória sobre o América-MG, uma espécie de redenção…
Devido à situação ameaçadora que estávamos, qualquer jogador estava mais vulnerável a ser criticado pela torcida. Poucos saíram ilesos esse ano (risos).
Sobre a expulsão, fiquei muito chateado. Estava bem no jogo e não queria prejudicar o time, pelo contrário. Entrei dando o meu melhor e infelizmente tomei o cartão logo em seguida. A partir do início da segunda rodada, encarávamos cada jogo como uma decisão, por isso, o tento contra o América teve uma importância ainda maior, sem dúvidas foi um dos momentos mais contentes da época.
O Ramón acertou a extensão do contrato. O que ele mudou no Vasco e qual a importância da continuidade do trabalho? O Vasco vai vir mais forte e preparado?
Acredito que todo treinador que fica mais de uma temporada já sai em vantagem… Conhece boa parte do grupo, já está acostumado com o dia a dia do clube e pode planejar a pré-temporada com calma. Ganhamos muito com a chegada do Ramón… Ele e toda comissão são muito estudiosos e vão continuar tirando o melhor dos jogadores.
Fonte: ge
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