Ele não foi oficialmente efetivado, mas também não é tratado como provisório. O antigo técnico do sub-20 vai completar contra o Criciúma, no domingo, 14 jogos consecutivos como treinador do Vasco – ele assumiu definitivamente após a demissão de Álvaro Pacheco. No total, serão 18 jogos pelo profissional, contando o período em que ele treinou o time entre a saída de Ramón Díaz e a chegada do português.
Desde a demissão de Álvaro Pacheco, o Vasco apresenta o quarto melhor desempenho no Brasileirão. Rafael Paiva liderou o time em 11 jogos, com seis vitórias, dois empates e três derrotas, um aproveitamento de 60,6%. Desempenho que o permite fazer planos a longo prazo.
– A gente encara cada partida como uma final desde o meu primeiro jogo. Até porque eu estava de uma forma mais provisória, então não sabia quando seria o último jogo. Isso ajudou bastante para mantermos o nível de concentração elevado. Agora que estou mais consolidado, ter a confiança do grupo facilita muito para construirmos o jogo sempre em busca da vitória – afirmou Rafael Paiva em entrevista exclusiva ao ge na quinta-feira.
– Nós não abrimos mão disso, independentemente de onde e contra quem jogamos. Tanto o Brasileiro quanto a Copa do Brasil têm uma complexidade muito alta, não podemos vacilar. Encaramos cada partida como se fosse a mais relevante, como se fosse a última – completou ele.
O que você quer dizer com “estava de forma provisória”? Isso mudou?
– Já são 17 jogos, então encaro como um processo. Consigo visualizar mais partidas pela frente, até o final do ano. Tenho buscado pensar não só para o próximo jogo, mas planejar mais adiante. Na minha cabeça tem sido assim para construir da melhor forma nosso rendimento nas competições – respondeu o treinador.
O próximo adversário é significativo na jornada do treinador no Vasco. Ele não esteve à beira do campo contra o Criciúma no primeiro turno, mas a goleada sofrida por 4 a 0 em São Januário resultou na saída de Ramón Díaz. Foi em um sábado à noite. No domingo Rafael Paiva já estava no comando do time.
– Eu não estava no estádio, geralmente eu acompanho. Assisti à partida e recebi o telefonema um tempo depois do jogo. Já sabia que poderia acontecer a qualquer momento por estar no sub-20, é um processo comum nos clubes. Eu sempre estive estudando a equipe profissional, analisando os jogos. Eu já me sentia um pouco preparado para essa missão. Não esperava que fosse tão rápido, mas aconteceu e, a partir do momento que a missão foi dada, temos que tentar fazer da melhor maneira possível. Já conhecia bem o elenco, porque estávamos treinando com frequência com o sub-20 aqui – recordou Paiva.
Assista a partir das 13h à entrevista com o treinador no Globo Esporte. Leia abaixo outras declarações de Rafael Paiva em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu o profissional do Vasco:
Você parece um cara tranquilo na beira do campo. Como é sua personalidade no cotidiano?
– Sempre tento manter a calma. Precisamos tomar decisões difíceis o tempo todo, com pouco tempo para processar tudo. Mesmo tentando controlar tudo, o jogo possui muitas variáveis. Eu tent