Mesmo sem obter resultados, a performance do Vasco no clássico de domingo foi satisfatória. Pelo segundo jogo consecutivo, Payet jogou como armador central e teve um bom desempenho. O francês talvez tenha feito suas duas melhores exibições no futebol brasileiro nos últimos jogos contra o Fortaleza e o Flamengo.
O momento positivo de Payet levanta dúvidas sobre sua posição e a melhor formação do Vasco. Após cumprir suspensão, Paulinho retornou ao time contra o Flamengo e jogou tanto no meio quanto na ponta direita. Algumas pessoas acreditam que o camisa 8 rende melhor jogando no meio, vindo de trás, mas há também quem veja a nova posição de Paulinho como a ideal para ele se encaixar com Payet.
Pensando nos próximos jogos, perguntamos aos comentaristas da Globo se Ramón Díaz encontrou a formação perfeita para o Vasco. Vale destacar que contra o Inter, na quinta-feira, em São Januário, o treinador não poderá contar novamente com Rossi e Marlon Gomes, que estão lesionados.
Carlos Eduardo Mansur
– Acho que essa formação tem muito potencial, pois permite que Payet fique confortável e evita que ele precise voltar para defender pelo lado. Mas é difícil dizer que seja a ideal para todos os jogos. Às vezes, a presença do francês no trio de meio-campistas pode prejudicar a competitividade da equipe quando ela está sem a bola. Além disso, pode haver jogos em que o Vasco precise de um ponta mais rápido pelo lado direito, e aí seria preciso encontrar um lugar para Paulinho.
– Marlon é um jogador que deve estar sempre presente nos jogos. Ele tem a capacidade de substituir jogadores em várias posições do meio para frente, seja começando a partida ou entrando durante o jogo.
Ramon Motta
– Desde a chegada de Payet, sempre imaginei o Vasco com ele jogando centralizado, justamente por sua qualidade de passe. Nessa posição, ele pode encontrar algum jogador no último terço do campo, fazer tabelas com Vegetti e estar mais próximo do gol. Ele finaliza muito bem e tem um chute potente.
– Eu não gosto muito de ver Payet jogando pelo lado do campo. Ele já está um pouco mais velho e ainda não está na melhor forma física. No Brasil, os jogadores que atuam pelas pontas precisam ser mais leves e rápidos para aguentarem correr durante os 90 minutos. Prefiro Paulinho por ali, ele é um jogador dinâmico e pode jogar tanto por dentro quanto por fora. Ele pode jogar no esquema 4-4-2, deixando Payet atrás de Vegetti. Paulinho pode se movimentar tanto pelo meio quanto pelas pontas, ele percorre todo o campo.
Rodrigo Coutinho
– Tenho a sensação de que o Vasco não terá uma escalação fixa até o fim do Campeonato Brasileiro. O time titular do 1 ao 11. Acredito que alguns jogadores entrarão na equipe de acordo com o adversário, local do jogo e estratégia. Quando o Vasco joga em São Januário, especialmente contra adversários diretos na parte de baixo da tabela, teremos um Vasco com Payet. Essa é a grande dúvida. Acho que com o meio-campo formado por Zé Gabriel, Praxedes e Paulinho, a única alternativa é seguir o que foi feito contra o Flamengo, com uma variação entre Payet e Paulinho. Nenhum dos dois ficou fixo nas pontas. Eles abriram corredor para Paulo Henrique avançar e sempre buscaram um ao outro pelo lado direito. Paulinho ficou mais responsável pela recomposição, pois tem mais energia para fechar os espaços. Essa é a realidade.
– Mas contra equipes que ficam mais tempo com a bola e, tecnicamente, são melhores do que o Vasco, não vejo o time sem Rossi ou Marlon Gomes. Eles equilibram o time. Rossi é um ponta que, assim como Pec, volta muito para marcar e oferece transições rápidas. Marlon também é capaz de fazer isso, mas ele reforça ainda mais o meio-campo.
– Portanto, podemos dizer que o Vasco atualmente possui 13 titulares e eles se revezarão. Então, minha resposta é não. Acho que Ramón Díaz ainda não encontrou a formação base e não vai encontrar neste Brasileiro.
Fonte: ge
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