A cônjuge, mandatária, centralizadora, do Palmeiras.
Um casal comandando dois gigantes do futebol nacional.
A situação sem precedentes, que suscitaria diversos debates, está nas mãos de José Roberto Lamacchia.
O ex-atleta Pedrinho é o atual dirigente do Vasco.
E liderou uma rebelião judicial contra a gestão da 777 Partners, que assumiu a SAF do clube carioca.
A empresa estadunidense havia se comprometido a investir R$ 700 milhões em 2022 para obter 70% das ações vascaínas.
No entanto, até o momento, apenas disponibilizou R$ 310 milhões.
O que corresponde a 31% das ações.
A equipe jurídica de Pedrinho acionou a justiça alegando que a 777 Partners está sendo processada nos Estados Unidos.
Por atos fraudulentos.
E conseguiu bloquear o pagamento pela aquisição de novas ações.
O Vasco agora detém 69% do controle do clube.
Pedrinho não perdeu tempo.
Ele mantém uma relação muito próxima do casal Leila e José Roberto Lamacchia.
E ofereceu ao empresário a oportunidade de assumir o controle do Vasco.
Teria prioridade absoluta, caso demonstrasse interesse em adquirir as ações da 777 Partners e as que ainda estão disponíveis, a fim de ter 70% do controle do clube.
A proposta veio a público.
E já provocou diversas reações.
A mais estridente delas, da oposição palmeirense, que despertou diante do domínio absoluto de Leila Pereira.
Conselheiros já articulam a união para argumentar perante o Conselho Deliberativo um possível conflito de interesses.
Como seria possível o casal gerenciar dois clubes que competem em campeonatos como o Brasileirão e a Copa do Brasil?
Pedrinho está entusiasmado com a revitalização de São Januário.
Já tem um projeto para ampliar a capacidade do estádio de 21.800 para 47 mil espectadores.
Para tal, será necessário um investimento de R$ 500 milhões.
Encontra-se em tramitação a Lei do Potencial Construtivo, que poderia viabilizar esse montante ao clube.
Contudo, o presidente vascaíno vislumbra outras três possibilidades.
E todas elas envolvem Lamacchia.
A primeira é torná-lo proprietário da SAF do Vasco.
A segunda, incentivá-lo a assumir São Januário, comprometendo-se a realizar a reforma.
Semelhante ao que a Crefisa fez com o Barueri.
A terceira é convencê-lo a adquirir os direitos de nome do estádio.
O que geraria uma receita significativa para a reforma.
Alguns veículos de imprensa divulgaram que ele teria ido a Nova York para concluir a compra da SAF do Vasco, junto à 777 Partners.
Lamacchia ficou extremamente contrariado com o vazamento da informação.
Em seus 78 anos, foi incisivo em sua resposta à ESPN/Brasil.
“Eu não tenho relação alguma com isso!
“Não estou negociando (com o Vasco).
“Tenho um apartamento em Nova York há 10 anos.
“E não me incomode!”
Entretanto, Pedrinho deixou claro para a imprensa carioca.
Tudo depende da decisão do empresário.
As propostas estão sobre a mesa.
Leila Pereira não se pronuncia sobre o assunto.
Contudo, há duas óticas.
Caso o acordo seja concretizado, ela enfrentaria questionamentos no Palmeiras.
Entretanto, possui cerca de 80% de apoio dos conselheiros e associados, não correndo risco algum.
E uma segunda ótica é o casal gerir dois gigantes do futebol brasileiro.
Não há qualquer impedimento na legislação para tal atuação como pessoas físicas.
Recursos não faltam aos proprietários da Crefisa e das Faculdades da América.
Muito pelo contrário….
Fonte: Blog do Cosme Rímoli – R7