![20250211-210127-1-0-reydner-souza-presidente-do-uniao-de-rondonopolis-foto-divulgacaouniao-ec-1 Reydner Souza, presidente do União de Rondonópolis — Foto: Divulgação/União EC](http://www.meuvasco.com.br/wp-content/smush-webp/20250211-210127-1-0-reydner-souza-presidente-do-uniao-de-rondonopolis-foto-divulgacaouniao-ec-1.jpg.webp)
O presidente do União Rondonópolis, Reydner Souza, comentou nesta terça-feira as razões que levaram o clube a negociar o mando de campo na partida da Copa do Brasil contra o Vasco. O duelo está agendado para terça-feira (18), às 20h30 (horário de MT), no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo.
Em uma entrevista exclusiva ao ge, o comandante justificou a decisão.
– Não temos salários pendentes. O União irá empregar essa verba para quitar suas despesas, como a folha salarial que vence mês que vem. Essa ação foi muito importante. Sem dúvida, tomei a decisão certa.
Segundo a nota divulgada, a venda do jogo foi feita por R$ 700 mil, total que será pago em duas parcelas de R$ 350 mil, além de cobrir todas as despesas com logística, alimentação e hospedagem da equipe até a cidade de Cariacica (ES).
O comunicado ainda revela que o clube vem enfrentando dificuldades financeiras desde 2024 e teve aproximadamente 15 ações trabalhistas na justiça. Reydner pontuou:
– O torcedor pode criticar agora, mas vai compreender no futuro. Preciso agir com responsabilidade, independente das circunstâncias. Isso não resolverá os problemas do União. Temos acordos em todas as ações trabalhistas. (Sem a venda do mando) Iriamos atrasar a segunda parcela. Agora, teremos a tranquilidade necessária para concluir o calendário profissional – destacou o presidente.
“Dói no meu coração também não realizar esse grande jogo na cidade que eu amo, mas hoje o futebol gira em torno do dinheiro, dos recursos, e não tenho como fazer diferente.”
Estádio Kleber Andrade, em Cariacica — Foto: Reprodução/TVE Espírito Santo
Quando questionado sobre a possibilidade de transferir o jogo para a Arena Pantanal, em Cuiabá, o presidente sequer considerou essa opção. Ele justificou que grandes times do cenário nacional também adotam essa estratégia.
– Recebemos consultas para vender a partida para Brasília e Uberlândia. Tivemos propostas financeiras melhores também, mas priorizamos a solidez do negócio. Buscamos um grupo que já tem experiência nisso, que contava com a aprovação do Vasco, já que o clube precisaria autorizar, assim como a Federação do Rio de Janeiro e a Federação do Espírito Santo. Portanto, trabalhamos para encontrar a melhor solução para o União em todos os momentos – declarou Reydner.
Imagem aérea do estádio Luthero Lopes, em Rondonópolis — Foto: Gil Gomes/@gilgomesfoto
Ao falar sobre a capacidade do estádio Luthero Lopes para receber um grande público, ele também discutiu a tentativa de manter o jogo em Rondonópolis. Em partidas da Copa do Brasil, o visitante tem direito a 40% da renda, e o custo da partida fica por conta do clube mandante.
– Não busquei aumentar a capacidade do público. O ponto crucial era o preço do ingresso. Se vendêssemos a entrada a R$ 150, teríamos problemas. Então, todas as contas que tentei fazer não se fecharam. Eu teria que abrir mão de boa parte dessa receita para realizar o jogo em Rondonópolis. Tentei parcerias com a iniciativa privada para conseguir patrocínios e arrecadar cerca de R$ 300 mil, mais uns R$ 200 mil da bilheteira.
Fonte: ge
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