Esses números, claro, não são definitivos. Contudo, servem como uma boa referência para se considerar o que podemos esperar do destaque do Vasco nesta temporada. Até o momento, Coutinho esteve em campo por 259 minutos em quatro jogos, com uma média de 64,7 em cada um deles, a cada 3,2 dias. O pequeno edema na coxa que o afetou durante o aquecimento no clássico contra o Fluminense foi o preço pago para tentar ajustar seu ritmo, mesmo com os dois últimos confrontos exigindo deslocamentos de avião para Cariacica e Brasília.
Curiosamente, quando Coutinho chegou ao São Januário em julho do ano passado, ele também teve que ficar de fora por 45 dias após sua quarta partida em um curto período de 13 dias — exatamente como no momento atual, só que com três viagens. A boa notícia é que, desta vez, ele foi mais cauteloso e, ao sentir qualquer desconforto, saiu de campo — atuando apenas 30 minutos. Ele não enfrentará o Sampaio Corrêa em Saquarema, nesta segunda-feira, às 20h, mas deve retornar para o clássico contra o Flamengo no próximo sábado — assim como aconteceu após a interrupção de 45 dias em 2024.
Continuo acreditando que, aos 32 anos e após temporadas irregulares na Premier League e na Liga do Catar, Coutinho ainda é maior do que muitos imaginam. Ele é vertical, possui agilidade e agrega ao futebol coletivo. Se somarmos os minutos jogados pelo Vasco neste retorno e dividirmos por 90, teríamos 12 jogos completos, com cinco gols e uma assistência — totalizando seis participações diretas em gols. Nada mal para um atleta que ainda está buscando mais competitividade e com quem se associar no ataque.
Fonte: Blog Gilmar Ferreira – Extra