O atual mandatário do Vasco informou que não há nenhum fundo árabe negociando a compra da SAF vascaína, porém admitiu que existem outras partes interessadas mantendo conversas com o clube. De acordo com ele, não houve uma proposta concreta, apenas abordagens e pesquisas preliminares.
— A informação de uma possível venda para um fundo árabe é falsa. Não houve contato com nenhum fundo árabe durante a minha gestão. Não se trata de fundo árabe. Existem algumas partes interessadas envolvidas. Porém, trata-se de uma negociação complexa. Tenho uma grande responsabilidade para evitar os equívocos cometidos no passado. Não se trata de algo imediato, algo definitivo. São análises, pesquisas, abordagens, mas superficiais.
Pedrinho ressaltou que a situação deixada pela 777 Partners em relação à SAF do clube é mais crítica do que se imagina e pediu o apoio da torcida para colaborar na reconstrução do Vasco.
— Se houvesse um fundo árabe envolvido, eu seria o primeiro a informar. Para aqueles que buscam a verdade, compreenderão o que estou dizendo. O que ocorreu com o Vasco é muito mais grave do que a torcida tem conhecimento. Porém, não vou lamentar. Assumi exatamente para esse desafio. A minha equipe técnica está bem preparada. Estamos prontos para encontrar uma solução. Preciso do apoio dos torcedores para reconstruir o Vasco.
O presidente do Vasco revelou que há a possibilidade de iniciar uma negociação com um fundo árabe com a colaboração de Felipe, diretor técnico da SAF, mas até o momento isso não foi iniciado. Ele mencionou que possui autonomia para buscar investidores.
— Existe a possibilidade de avançar nessa direção. Temos a hipótese de estabelecer uma estratégia através de Felipe (em relação a um fundo árabe), porém isso ainda não foi iniciado. Conto com uma equipe que possui a liberdade para buscar essa alternativa. Até o momento, não recebemos nenhuma proposta.
Durante esse período de negociações, Pedrinho afirmou que surgiram outros desafios relacionados à A-CAP e à 777 Partners. O presidente do Vasco destacou que a ex-sócia deixou uma dívida de R$ 170 milhões ainda pendente.
— Diversos problemas vêm surgindo de forma negativa em relação à A-CAP e à 777. Muitas questões ainda podem surgir. Para deixar claro, eu gostaria que a antiga parceira tivesse sido bem-sucedida. Não foi uma decisão minha expulsar a 777, ela faliu. Descumpriu acordos contratuais e faliu. A minha intenção foi solucionar antes do colapso do Vasco. Não a removi, intervim. A responsabilidade agora é minha. Encontrei uma situação totalmente diferente. Temos uma dívida praticamente de R$ 170 milhões.
Um mês atrás, o Vasco suspendeu a ação judicial contra a 777 por 90 dias, em acordo com a seguradora A-CAP, atual controladora da antiga sócia da SAF do Vasco. As conversas envolvem a empresa Moelis, especializada em reestruturação financeira, indicando uma possível negociação futura do futebol do Vasco.
Atualmente, não há negociações em curso com a 777, que perdeu o controle do futebol do Vasco tanto devido à ação judicial do clube em maio – a qual foi suspensa – quanto pelas dívidas que levaram a empresa de Josh Wander a ser assumida pela seguradora americana A-CAP. O clube de São Januário confia no interesse recíproco com a seguradora para vender a SAF a um novo investidor. A A-CAP não tem interesse em manter vínculos com o Vasco.
Fonte: ge