A diretoria do Vasco optou por adiar a ação judicial contra a 777 Partners por 90 dias, em comum acordo com a seguradora A-CAP, que assumiu o controle da empresa americana. As negociações envolvem a participação da empresa Moelis, especializada em reestruturação financeira, indicando a possível negociação do futebol vascaíno no futuro.
No momento, não há mais diálogo com a 777 Partners, que perdeu o controle do futebol do Vasco tanto devido à ação judicial anterior do clube – que será temporariamente suspensa – quanto às dívidas que resultaram na tomada de controle pela seguradora americana A-CAP da empresa liderada por Josh Wander. O Vasco confia na possibilidade de um interesse mútuo com a seguradora para a venda da SAF vascaína a um novo investidor, o que também é do interesse da A-CAP.
O presidente do Vasco, Pedrinho, revelou em recente coletiva que negociações estão em andamento para a venda do futebol do clube. Há interesse de investidores nacionais e estrangeiros, e a diretoria considera positiva a suspensão da ação contra a 777 até o estágio atual, com o acordo firmado com a seguradora responsável pela gestão dos ativos da antiga parceira vascaína.
Atualmente, as condições de pagamento à vista e os valores exigidos anteriormente pela 777 Partners não estão mais em vigor. O antigo proprietário do futebol do Vasco pretendia U$S 120 milhões – cerca de R$ 600 milhões, além do montante restante previsto no contrato com o clube, totalizando aproximadamente R$ 1 bilhão em compromissos. Agora, a expectativa é de uma negociação em diferentes termos, condizente com a atual demanda de mercado e possivelmente mais vantajosa para os interessados.
A diretoria de Pedrinho também busca alinhar com os potenciais compradores uma visão estratégica e esportiva mais sólida, com maior participação nas decisões. Uma das críticas do presidente vascaíno à 777 era a falta de ambição em conquistas, ressaltando acordos baseados em bônus por não rebaixamento em algumas negociações.
Pedrinho garantiu publicamente, mesmo diante de questionamentos nos conselhos do clube, que manterá os salários em dia e cumprirá os compromissos financeiros até o final de 2024.
Paralelamente à suspensão da ação judicial, o processo de arbitragem na FGV segue em andamento. Tanto Vasco quanto A-CAP consideram fundamental o desfecho desse julgamento na câmara para avançar nas negociações de venda do futebol do clube.
Fonte: ge