– As expectativas são altíssimas. Temos um ano incrível pela frente, com quatro competições pela frente. Sempre buscamos fazer uma temporada extraordinária. Eu, pessoalmente, pedi para voltar antes porque perdi o ano passado todo. Joguei apenas duas partidas, dez e vinte minutos. É fundamental para mim reencontrar o ritmo, pois ainda estou um pouco fora de forma. Pedi para iniciar os treinos antes para ganhar condicionamento o mais rápido possível.
Paulinho em coletiva no Vasco — Foto: Bruno Murito
– Posso dizer que estou muito melhor mentalmente. No ano passado, estava com a cabeça um pouco abalada devido ao que passei. A lesão no LCA é bastante complicada, quem já passou por isso entende a dificuldade. Exige uma coragem e resiliência enormes. Sofri muito, pois foi minha primeira lesão grave, aquela que ninguém deseja. Mas, felizmente, estou recuperado e com a cabeça boa. Agora é seguir me preparando para voltar a ajudar o Vasco o quanto antes.
Em 2025, Paulinho terá a chance de dividir o meio-campo do Vasco com um grande ídolo: Philippe Coutinho. Após sua recuperação, o meia entrou apenas por breves momentos nos jogos contra Atlético-MG e Cuiabá, sem conseguir atuar ao lado do camisa 11, que já havia sido substituído em ambas as partidas.
Durante a coletiva, o atleta não poupou elogios ao companheiro e confessou que ainda está se acostumando a jogar ao lado do craque vascaíno.
– Para mim, é uma grande honra estar ao lado do Coutinho. Já disse a ele que sempre acompanhei sua carreira, e nunca perdi um jogo dele enquanto jogava no Liverpool. Às vezes, parece surreal estar aqui ao lado dele. Vai ser uma honra jogar junto com ele, e já está sendo incrível ter ele conosco. Como disse, ainda estou me adaptando. O Coutinho é um gênio, um ídolo para todos nós. Sabemos que ele veio para nos ajudar, e farei de tudo para também ajudar a ele.
Paulinho treina com o elenco do Vasco — Foto: Matheus Lima/Vasco
O jogador também comentou a expectativa da equipe com a chegada de Fábio Carille como novo técnico.
– Ainda não tivemos muito contato (com Carille), mas ele parece ser uma pessoa do bem, muito pé no chão. Estou certo de que ele vem para nos ajudar, e faremos de tudo para contribuir com ele. Que esse 2025 seja maravilhoso para todos nós.
Outros tópicos da coletiva
Retorno previsto?
– Minha previsão ainda é incerta. Retornei no dia 27. Estou à disposição da comissão técnica. Se ele decidir que eu jogue 45 ou 60 minutos, estou pronto. Vou continuar treinando para estar preparado. Se precisarem de mim, estarei lá.
Sobre renovação de contrato
– Até agora, não houve conversas. Sei que, no momento certo, haverá. Mas o foco agora é todo no trabalho.
Versão Paulinho de 2025
– Para mim, foi um desafio. Foi no segundo jogo da temporada que sofri a lesão. Sofri muito por não estar em campo e não poder ajudar o clube e meus companheiros. A lesão me deixou lições valiosas. Hoje, vejo um Paulinho mais maduro, com mais ambição e vontade de vencer. Vamos torcer para que as coisas corram bem. Pedi a Deus saúde e que eu possa me preparar ao máximo para ajudar o clube, que é o que mais importa.
Diferença entre a 777 e a gestão de Pedrinho no dia a dia
– A diferença é que o Pedrinho está sempre presente. Ele é uma pessoa incrível, muito pé no chão, que se esforça ao máximo pelo clube e pelos jogadores. Nós atletas temos um enorme carinho por ele. Em pouco tempo como presidente, já notamos seu esforço para nos proporcionar as melhores condições para jogarmos. O Pedrinho tem sido fundamental para nós, e somos gratos por tê-lo ao nosso lado.
– É muito importante ter pessoas como Pedrinho e Felipe conosco, acompanhando nosso trabalho. Às vezes, enfrentamos dias difíceis, e ter alguém com a experiência deles é ótimo para buscar conselhos e feedbacks. Felipe também é uma ótima pessoa, humilde e experiente. Agora, do lado de fora, ele sempre nos passa um pouco desse conhecimento, e isso é fundamental para todos nós.
Responsabilidade de jogar no Vasco
– A responsabilidade sempre vai existir, pois a camisa é pesada. O Vasco é um grande clube, que já teve ídolos e grandes jogadores. Precisamos estar prontos para esta pressão. A camisa é grandiosa, então devemos trabalhar duro e sempre dar nosso melhor.
Reconhecimento da torcida do Vasco
– Agradeço muito o carinho e respeito que a torcida tem por mim. Me cobro demais. Sempre digo à minha família: “a torcida do Vasco é única”. Eles me apoiaram de maneira incrível durante minha lesão. Isso ficou gravado em mim, pois foi o momento mais difícil da minha carreira. Minha promessa é que eu darei meu máximo este ano, dentro de campo, para retribuir todo esse carinho.
O dia da lesão
– Receber aquela notícia foi terrível. Esperava que fosse algo menos grave, mas acabei ficando quase um ano parado. Quando aconteceu, estava no vestiário ainda sentindo muita dor. Fui ao hotel, mas só pude fazer o exame no dia seguinte. O doutor agendou para a manhã seguinte, e em 15, 20 minutos saiu o resultado: ligamento cruzado. Foi o dia mais triste da minha vida.
Importância da família na recuperação
– Minha família é tudo, é a base de tudo. O jogador sem uma boa base familiar tem mais dificuldades com alguns desafios. O apoio da minha esposa, da minha filha e dos meus pais foi crucial. Senti-me acolhido por eles e pela torcida do Vasco. Sou muito grato por ter minha família ao meu lado.
Amizade com Jair
– O Jair é um atleta excepcional e um ótimo ser humano. Antes da minha lesão, não éramos tão próximos, mas depois disso, nos aproximamos, a maior parte do tempo estavamos juntos na recuperação. Criamos um laço forte e levo o Jair comigo para o resto da vida.
Competição no meio-campo
– Temos um elenco muito forte. Claro que ainda podemos nos reforçar, mas já temos ótimos jogadores. Essa disputa por posições é saudável, quem estiver em melhor forma vai jogar. É crucial que todos estejam em boa condição para ajudar o técnico e o clube.
– A competição é saudável e produtiva. Temos grandes jogadores no meio-campo, nas laterais e na defesa. Ter opções é essencial, pois enfrentaremos quatro competições importantes, e isso requer um rodízio ao longo da temporada. Quanto mais atletas bem preparados, melhor para o grupo. Vamos fazer nossa parte. A escolha do treinador será sempre para o bem do time.
Pré-temporada
– A pré-temporada é sempre fundamental. Tivemos um tempo no Uruguai (em 2024), mas quem não sabe não percebeu que ali a pré-temporada não foi das melhores. O campo e o local não ajudaram muito. Aqui em casa, o ambiente é ótimo, com um campo perfeito. Estamos no nosso CT, que é nossa casa. Estar perto da família também é um fator positivo. Estamos prontos para uma boa temporada e para começar o ano da melhor maneira.
Importância de Payet para o grupo
– O Payet também é um cara incrível, do grupo. É um grande atleta e sempre precisa de um suporte. Ele veio da França e o processo de adaptação é complicado. Já passei por isso, então sei bem como é. Ele está se ajustando bem, e eu sempre digo a ele: “se você está feliz, nós jogadores também estamos”, porque quando ele está feliz, ele faz a diferença e nos ajuda muito. O Payet é um ícone, e espero que ele fique conosco para trazer ainda mais sucesso este ano.
Fonte: ge
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