Luca Orellano ainda não definiu o seu futuro no Vasco da Gama. Tendo pedido para sair na pré-temporada, ele ainda não recebeu nenhuma proposta e continua no time, sendo aproveitado. Por outro lado, o argentino está se destacando no Campeonato Carioca.
Nas duas primeiras rodadas, ele marcou um gol e deu duas assistências, contribuindo para a vitória sobre o Boavista e o empate com o Sampaio Corrêa-RJ. Enquanto isso, o clube recebe sondagens, mas sem propostas concretas. Mauro Galvão acredita que o jogador deve tomar uma decisão sobre o seu futuro e analisou a situação.
“Ele não pode achar que está fazendo um favor ao Vasco ao permanecer. Se pensar assim, é melhor sair. A decisão está nas mãos dele. Ele foi contratado com a expectativa de se destacar, mas não conseguiu. Quem está no clube precisa entender se ele tem vontade de jogar ou se quer que o incentivem a isso. No futebol, a concorrência é grande. Quem estiver em melhor condição, joga. Ele precisa lutar para ser titular. Às vezes, a adaptação pode demorar, mas ele sabe jogar. Agora, o Orellano está em outra fase. Antes, perdia a bola facilmente. Ele vem de um futebol argentino tão desafiador quanto o nosso. Se ele sonha em jogar na Europa um dia, não vai conseguir desse jeito – afirmou o ídolo em entrevista ao site Torcedores.com.
Exemplo de Conca
Orellano teve dificuldades na adaptação ao futebol brasileiro, apresentando atuações abaixo do esperado, em comparação com o seu desempenho no Vélez Sarsfield, da Argentina. Mauro Galvão mencionou a possibilidade de um caso semelhante ao de Darío Conca, que também demorou a se adaptar no Vasco em 2007. O ex-jogador também apontou mudanças necessárias no comportamento do atleta.
– É possível que ele ainda se adapte melhor. Conca não pediu para sair como ele fez, mas também demorou um pouco para se adaptar ao futebol brasileiro. No Vasco, não rendeu tanto, foi no Fluminense que se destacou. Essa situação pode se repetir. Desde o meu primeiro contato com Orellano, notei que ele não se comunica, não interage com os colegas, parece estar sempre distraído. Ele é reservado por natureza. Para um jogador assim, a mudança de país e de competição é mais desafiadora. Eu joguei fora do Brasil e é normal se sentir perdido às vezes, leva um tempo para se acostumar. Talvez seja apenas uma questão de tempo – acrescentou o Capitão América.
O contrato do meia-atacante com o Vasco vai até dezembro de 2025. Portanto, se não surgir nenhuma proposta vantajosa, é provável que ele continue no time e seja utilizado pelo técnico Ramón Díaz. Inicialmente, é provável que ele seja relacionado para o jogo contra o Madureira, que marcará a estreia oficial do elenco principal em 2024.