O Vasco encara o Atlético-MG no próximo domingo, às 16h, buscando a quinta vitória seguida no Campeonato Brasileiro. A fase positiva da equipe começou quando Rafael Paiva assumiu o comando técnico. Em sete partidas, foram cinco triunfos, um empate e apenas uma derrota.
O jogo na Arena MRV marcará a 10ª partida do Vasco com Rafael Paiva no Brasileirão, somando suas duas passagens interinas. Dos 23 pontos conquistados pela equipe no torneio, 19 foram sob a orientação do jovem treinador.
Pela alta eficiência e as sequências de boas atuações no Campeonato Brasileiro, o ge elencou cinco razões que ajudam a explicar o excelente momento vivido pelo Vasco neste temporada.
Valorização de jogadores do elenco
O bom desempenho de Paiva é evidenciado pela evolução de vários jogadores, impactando positivamente no rendimento coletivo. Enquanto a crítica mais frequente ao trabalho de Ramón Díaz era a não utilização de reforços caros, Rafael Paiva recuperou a confiança da maioria desses jogadores, resultando em respostas dentro de campo.
João Victor, Hugo Moura e Adson são exemplos claros. Este trio não tinha oportunidades com Ramón Díaz e Álvaro Pacheco, mas agora são peças fundamentais — com exceção do zagueiro, atualmente lesionado — e representam a evolução da equipe em campo. David, Paulo Henrique e Léo, titulares frequentes ao longo da temporada, também elevaram seu desempenho.
Meio-campo reforçado
Desde a saída de Yuri Lara, em 2022, o Vasco lutava com a falta de um volante definitivo na posição de marcação. Ao longo desse período, passaram por ali Andrey, Rodrigo, Medel, Jair, Zé Gabriel e Sforza, com diferentes graus de sequência, mas sem se firmarem totalmente.
Atualmente, Hugo Moura é considerado o titular absoluto nessa função. Ele foi destaque na partida contra o Atlético-GO e, ao lado de Mateus Carvalho, forma uma dupla de meio-campo que protege a equipe, sobretudo na região próxima à área, setor que antes era vulnerável. Com boa capacidade física e distribuição de jogo, ambos se consolidaram como titulares.
Defesa sólida
A consistência defensiva do Vasco é notável. Durante a breve passagem de Álvaro Pacheco, a equipe sofria muitos gols, como nas derrotas para Flamengo, Palmeiras e Juventude.
Com o mesmo elenco, Rafael Paiva estabilizou a defesa vascaína. Nos últimos sete jogos, o time sofreu apenas cinco tentos. Ainda assim, devido ao histórico de Ramón Díaz e Álvaro Pacheco, a equipe segue com a segunda pior defesa da Série A.
A dupla de zaga formada por Maicon e Léo, antes criticada pela torcida, se firmou mesmo sem João Victor. Léo Jardim tem sido menos exigido, e o time se porta de maneira mais consistente em campo.
Eficiência no ataque
O Vasco deixou de depender exclusivamente de Vegetti no setor ofensivo. Mesmo sem o atacante balançar as redes nos últimos três jogos, a equipe venceu todas as partidas no Brasileirão. Isso se deve à melhor utilização dos jogadores do ataque.
Os pontas do Vasco têm atuado de forma mais centralizada, próximos aos meias de criação, e com liberdade para os laterais se aventurarem no ataque. Nesse contexto, Adson e David estão em ótima fase e vivendo seu melhor momento na temporada.
Mentalidade
De um time inseguro e vulnerável em campo para uma equipe consciente de suas ações. A evolução do Vasco em todos os aspectos do jogo é visível e foi comprovada em diferentes cenários sob o comando de Rafael Paiva.
Apesar do pouco tempo de trabalho, já é possível observar um padrão de jogo claro e uma característica fundamental: a postura em campo dos jogadores.
O Vasco tornou-se uma equipe que disputa os duelos físicos, que se dedica durante os 90 minutos e está preparada para pontuar em qualquer lugar, seja na Fonte Nova, onde perdeu após um gol nos acréscimos com um jogador a menos, no Beira-Rio, onde venceu como visitante aproveitando as oportunidades, ou no Antônio Accioly, onde triunfou com autoridade.
A mudança de postura da equipe foi destacada pelas lideranças do elenco, e muitos creditam isso ao discurso adotado pela nova gestão do futebol, liderada por Pedrinho desde a mudança na SAF.
– Nosso foco tem que ser vencer a partida a todo momento. Seja em qual estádio for, contra qualquer adversário. Atentos durante os 100 minutos de jogo. Precisamos mudar a energia e o pensamento desse clube. Nós, atualmente, somos os responsáveis – declarou Vegetti após a vitória sobre o Internacional.
Fonte: ge