Após não saírem vitoriosos na concorrência pelo Maracanã, o Vasco e a WTorre tinham em mente uma agenda repleta de shows no estádio caso vencessem o processo. O plano apresentado ao Governo Estadual previa uma média de oito grandes shows por ano no Maracanã, sendo cobrados R$ 1 milhão por evento.
No que diz respeito aos jogos, o plano de negócios estipulava a realização de 75 partidas por temporada de futebol profissional masculino nos primeiros quatro anos de contrato e 40 nos 16 anos subsequentes.
As propostas técnica e financeira do consórcio formado por Flamengo e Fluminense, que previam a realização de 1 show por ano e 77 jogos por temporada, superaram as propostas do Vasco e da WTorre. O Governo Estadual ainda está analisando toda a documentação para anunciar o resultado final.
Um aspecto relevante da proposta do Vasco e da WTorre era a intenção de negociar os direitos de nomeação do estádio. O plano de negócios calculou uma receita anual de R$ 10 milhões pela venda do nome do Maracanã.
O edital do Maracanã não menciona a possibilidade de negociação dos direitos de nomeação. O Governo entende que cada concorrente deve ser responsável por seu próprio projeto e sua viabilidade.
Caso a parceria Flamengo e Fluminense optasse por uma divisão de 65% para os rubro-negros e 35% para os tricolores, a WTorre ficaria com 55% do negócio, enquanto o Vasco, por meio da SAF vascaína, teria 45%. Essa divisão afetaria as receitas, os lucros, os gastos e a manutenção do estádio.
No documento apresentado pelo Governo Estadual após a digitalização da proposta do Vasco e da WTorre, não há informações detalhadas sobre a possibilidade de instalação de grama sintética no Maracanã. No entanto, havia um planejamento para ao longo dos anos reduzir o número de jogos e aumentar a quantidade de shows, conforme segue:
Do 1º ao 5º ano de contrato no Maracanã:
75 jogos por ano
2 shows por ano
Do 6º ao 20º ano:
40 jogos por ano
10 shows por ano
A proposta do Vasco e da WTorre estabelecia a realização de um jogo por ano da categoria “Futebol base/feminino” ao longo dos 20 anos do contrato. Inicialmente, estava previsto 35 jogos do Santos, 34 do Vasco e 5 do Brusque.
Os jogos do Santos e do Brusque foram desconsiderados pela Comissão de Licitação, o que praticamente assegurou a vitória da parceria Flamengo e Fluminense no processo.
Em termos de receita bruta anual, a projeção era iniciar com R$ 90 milhões ao ano, atingindo R$ 148 milhões ao término do contrato. Já as despesas, previstas para aumentar de R$ 77 milhões no 1º ano do contrato para R$ 80 milhões anuais, conforme consta no plano de negócios dos concorrentes derrotados na licitação.
O Maracanãzinho também teria uma agenda de shows, com locação de R$ 200 mil e a previsão de 8 espetáculos por ano. Seriam realizados ainda 12 eventos esportivos por temporada, requisito estabelecido no edital para obter maior pontuação técnica.
Fonte: ge