Os planos de Roberto Leven Siano e Pedrinho para a presidência do Vasco incluem projetos para São Januário, porém o projeto aprovado pela Prefeitura do Rio de Janeiro é o da diretoria atual do Vasco. Com capacidade de 47 mil pessoas, o estádio une o moderno com a tradição, com a previsão de quase 33 mil lugares em pé, mantendo a atmosfera vibrante que os torcedores do Vasco conhecem como “Caldeirão”.
Ontem (8), a diretoria e o arquiteto Sérgio Dias, juntamente com sua equipe, fizeram uma apresentação do projeto, incluindo detalhes em slides e respondendo a dúvidas e observações.
A possibilidade de expandir e modernizar o estádio está mais próxima de se concretizar após o prefeito do Rio, Eduardo Paes, assinar o projeto de lei que prevê a transferência do potencial construtivo para o clube. O projeto ainda aguarda votação na Câmara dos Vereadores, prevista para acontecer ainda este ano.
O estádio contará com 133 camarotes privados (com um total de 2.541 lugares), 378 lugares em camarotes coletivos, 210 frisas e 1.130 lugares em lounges, que ficarão no topo do anel superior.
Haverá 10.258 lugares em cadeiras sociais, 123 lugares na tribuna de honra e exatamente 32.743 lugares sem assentos fixos.
A fachada histórica da Avenida Roberto Dinamite será preservada e duas torres serão construídas ao lado. Em uma delas, haverá um museu, sala de troféus, restaurante e uma megaloja. Na outra, será reservado espaço para eventos, restaurante e setor administrativo.
Uma grande escultura em mármore, chamada “Resposta Histórica”, será instalada na fachada voltada para a comunidade Barreira do Vasco.
Os atuais muros de São Januário serão demolidos e no local será criada uma grande esplanada com capacidade para 40 mil pessoas, incluindo áreas de convivência, bares e um espaço para shows, mantendo a atmosfera festiva que caracteriza o estádio atualmente.
Uma área de lazer será criada para os sócios, com uma piscina de borda infinita e bares ao redor.
Na rua Ricardo Machado, será instalado um painel com imagens de ídolos e a fachada contará com elementos metálicos vazados e referências de azulejos portugueses.
As arquibancadas atrás dos gols prestarão homenagem ao histórico time “Camisas Negras”, com 16 saídas batizadas com os nomes dos 16 jogadores daquela equipe. Elas estarão adjacentes às balizas, mantendo a atmosfera vibrante do estádio.
Os setores de arquibancada receberão os nomes de Barreira Norte, Barreira Sul e Barreira Leste.
O sistema de iluminação do estádio será inspirado no Estádio da Luz, do Benfica (POR), com luzes interativas e um estilo similar ao da NBA antes, durante e após as partidas.
Uma torre esportiva será construída, com o primeiro pavimento contendo uma quadra de basquete e vôlei. O segundo será destinado ao futsal e o terceiro à ginástica. Cada um dos dois primeiros pavimentos terá capacidade para 5 mil torcedores.
A Capela de Nossa Senhora das Vitórias permanecerá intacta.
O projeto apresentado inclui ajustes e melhorias em relação ao que foi divulgado na gestão de Alexandre Campello, desenvolvido pela WTorre e realizado pelo arquiteto Sérgio Dias.
A WTorre não está mais envolvida no projeto, pelo menos por enquanto. Sérgio Dias e sua equipe seguem à frente.
A expectativa é inaugurar a pedra fundamental em 7 de abril de 2024, quando se completam 100 anos da “Resposta Histórica”, com a obra prevista para durar três anos e ser concluída em abril de 2027.
O orçamento estimado para a ampliação e modernização está em torno de R$ 506 milhões, e a intenção da diretoria é que a reforma seja totalmente financiada com a venda do potencial construtivo cedido pela Prefeitura.
Confira abaixo as imagens e os detalhes
Fonte: Uol