Quando questionado sobre a situação do técnico Fábio Carille, Sant’Ana mencionou a cultura futebolística do Brasil e reconheceu que, embora haja um planejamento a longo prazo, isso muitas vezes é afetado pela pressão por resultados imediatos.
– No Brasil, todos somos avaliados a cada partida. Embora em algumas situações exista um planejamento para o futuro, essa pressão é parte da nossa cultura. Já vivi isso em outros clubes, e Fábio também enfrenta essa pressão. O Vasco tem sua própria identidade, e a torcida tem altas expectativas em relação a conquistas, visto que desde 2016 o clube não levanta um troféu e desde 2011 não ganha um título nacional. É preciso ter responsabilidade em relação ao que se investe, buscando assertividade – declarou Marcelo Sant’Ana.
Carille em Vasco x Puerto Cabello — Foto: André Durão/ge
Na terça-feira, mesmo após a vitória de 1 a 0 sobre o Puerto Cabello na Copa Sul-Americana, Carille foi vaiado pela torcida. Contudo, no momento do gol de Vegetti, os jogadores demonstraram seu apoio ao treinador, indo até a área técnica para abraçá-lo na comemoração.
A solidariedade do elenco é crucial para a permanência de Carille, mas a avaliação interna sugere que os resultados devem ser melhores considerando o que o técnico tem à disposição.
– É essencial manter uma sinergia com a torcida. Quando o apoio da torcida do Vasco é forte, isso influencia diretamente nos resultados. Isso é uma realidade na história do clube. Nossa meta é transmitir competitividade e respeito pela camisa, buscando o respaldo e a confiança dos torcedores. Isso envolve Fábio, Marcelo e o presidente. O Vasco não é diferente de outros clubes brasileiros quanto a isso – acrescentou o dirigente.
Marcelo também fez breves comentários sobre possíveis contratações na janela atual. Ele destacou que o foco para novos reforços está na janela do meio do ano, mas não descartou a possibilidade de algumas saídas nesta janela interna.
– Nosso foco em reforços é para a janela do meio do ano, mas as saídas são uma possibilidade nesta janela – comentou.
Durante o sorteio, o próximo adversário do Vasco na Copa do Brasil foi definido como o Operário-PR. Sant’Ana elogiou o trabalho da gestão do clube paranaense, lembrando de um jogo memorável entre as equipes em 2022, quando Alex Teixeira marcou dois gols nos minutos finais, garantindo uma vitória por 3 a 2 que foi crucial para o acesso do Vasco à elite naquele ano.
– Espero que Alex Teixeira tenha a mesma sorte que teve no último confronto, quando fez dois gols. O Operário tem feito um trabalho bom nos últimos anos, com uma base estável. O clube conta com o apoio da cidade de Ponta Grossa. Após a queda para a Série C há dois anos, eles conseguiram retornar, demonstrando que são organizados. Uma viagem a Curitiba é adequada em termos logísticos. O Bruno Pivetti, seu técnico, é jovem e adota um estilo de jogo baseado na posse. Ele é o atual campeão paranaense. Precisamos ter respeito por eles, mas temos a obrigação de avançar – finalizou o diretor.
Fonte: ge