Em meio à polêmica sobre a presença de torcedores em São Januário, que se arrasta há meses no futebol brasileiro, o ex-parlamentar e atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo, se posicionou a favor do Vasco da Gama no caso da interdição do estádio.
Nesta quarta-feira (06), Freixo, torcedor declarado do Flamengo, se pronunciou nas redes sociais e se uniu ao coro que pede o retorno dos vascaínos ao estádio histórico.
– O futebol é uma brincadeira, mas também é algo sério e devemos estar do lado certo nas discussões. A decisão judicial que proibiu o uso do estádio São Januário, no Rio, é autoritária, absurda e também prejudica a economia local. Todo o nosso apoio à torcida do Vasco e esperamos que essa decisão seja revertida o mais rápido possível.
Parceiro político de Marcelo Freixo, o deputado federal Guilherme Boulos também comentou a disputa entre o Gigante da Colina e a Justiça pela volta dos jogos com torcedores em São Januário.
– Quem se beneficia ao afastar ainda mais o futebol do povo? O estádio São Januário, que fica perto de uma comunidade no RJ, foi interditado após conflitos entre torcidas, alegando que a proximidade com a favela cria um clima de insegurança no estádio. Essa decisão, cheia de preconceito, prejudica milhares de famílias que dependem dos jogos do Vasco para sustento e exclui o futebol e o espaço de lazer de muitas pessoas.
Torcedor do Corinthians, Boulos também mencionou um recente levantamento publicado pelo jornal O Globo, que mostra que a região do Maracanã registrou mais incidentes de segurança do que os arredores de São Januário.
– É importante lembrar que os conflitos ao redor de São Januário não são maiores do que, por exemplo, no Maracanã. Não é invisibilizando toda uma população que a violência nos estádios será resolvida. Todo o meu apoio à torcida do Vasco e à comunidade da Barreira do Vasco!
O Vasco está proibido de receber torcedores nos jogos do Campeonato Brasileiro em São Januário desde os confrontos ocorridos na partida contra o Goiás, em 22 de junho, pela 10ª rodada do campeonato.
Após o incidente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou que os jogos do Cruzmaltino fossem realizados com portões fechados. Na ocasião, a Justiça alegou falta de segurança nos arredores do estádio, onde está localizada a Barreira do Vasco.