Mesmo assim, o zagueiro se sente em casa na Colina. Em pouco mais de um ano no clube, Léo se tornou um voz ativa da torcida cruzmaltina e do elenco, chegando até a dividir a braçadeira de capitão com o chileno Medel.
A conexão com o Vasco veio naturalmente. Ao desembarcar, Léo teve a convicção de que nasceu para atuar no Gigante da Colina.
“Posso afirmar que foi a maior identificação (da minha carreira). Quando cheguei, me entrosei com todos rapidamente. Em um mês, já parecia que estava há dois anos. Aqui dentro é tudo incrível. Estava em um momento tão bom, me sentindo em casa. Fora de campo, pude entender a extensa história, a trajetória do clube. Foi a maior ligação da minha carreira”, ressaltou em entrevista exclusiva à Itatiaia.
Antes de firmar contrato com o Cruzmaltino, Léo teve passagens por Fluminense, Bahia, Londrina e São Paulo. No clube paulista, ele foi titular por três temporadas. Porém, o Vasco entrou em sua vida para ficar de vez.
Lágrimas após uma derrota e as dificuldades enfrentadas pelo Vasco
Mesmo com um investimento significativo, o Vasco enfrentou momentos delicados na temporada passada. Eliminado precocemente da Copa do Brasil, o Cruzmaltino passou toda a temporada da Série A do Brasileirão na batalha contra o rebaixamento.
Em diversos momentos, as palavras de Léo eram as únicas que ecoavam entre os torcedores. Em uma das derrotas seguidas, o zagueiro desabafou e chorou. A sensação de alívio veio com a permanência na série de elite, mas ele não esconde o filme que passou temendo uma nova Série B na história do Vasco.
“Nunca perdi a fé de que as coisas dariam certo. Mas, olhando pelo lado humano, lá no fundo bate aquele medo devido à grandeza do Vasco e da instituição. É uma das maiores torcidas do mundo. A responsabilidade que você carrega é gigante. Quando permanecemos, eu disse que foi real. Cheguei em casa leve, algo que não conseguia anteriormente”, desabafou.
‘A galera merece um caneco’
Cada vez mais à vontade na Colina Histórica, Léo se converteu num torcedor do Vasco. E almeja presentear a torcida vascaína com títulos. O Vasco não conquista um título desde 2016, quando levantou a taça do Campeonato Carioca.
“Está claro que o Vasco está jogando cada vez melhor. O Vasco merece levar o caneco. A galera torceira merece. Espero estar aqui para comemorar com eles”, afirmou.
Jornada até o Vasco, passo a passo
Antes de vivenciar de perto essa paixão pelo Vasco, Léo trilhou um caminho bem árduo. Dos campos de várzea de São João de Meriti até o Cruzmaltino, ele percorreu uma jornada longa.
“Sou de São João de Meriti, Tomazinho (bairro). Uma vez, Alan passou por mim de carro, e essa lemória ainda me ajuda. Ele me viu jogando, eu atuava como meia e driblava. Ele parou o carro e me indicou. Gauchinho (empresário) me ajudou. Sou grato ao meu irmão Renato, que custeava minhas passagens. Fui para o Santos. Joguei no time do Pelé, no Litoral, numa parceria com o Jabaquara. Aos 14 anos, retornei ao Fluminense. Passei por Londrina, Bahia, São Paulo até chegar aqui no Vasco”, recordou.
Aos 27 anos, Léo acumula 52 jogos pelo Vasco, com dois gols – além de um gol em amistoso – e duas assistências. Ele foi adquirido por cerca de R$ 16 milhões junto ao Tricolor Paulista.
Fonte: Itatiaia