Contratado 15 dias após a chegada de Ivan, Léo Jardim foi trazido para ser o reserva imediato do goleiro que pertence ao Zenit-RUS e teve passagens pelo Corinthians. Era isso que a torcida pensava. Desconhecido no Brasil, Jardim estava jogando pelo Lille-FRA, atuou em 26 partidas pela equipe, mas chegou com muitas dúvidas por parte dos torcedores vascaínos. Afinal, o goleiro de 28 anos teve poucas oportunidades de atuar no Brasil.
No entanto, a diretoria do Vasco e a comissão técnica da época, liderada por Maurício Barbieri, já sabiam que Léo Jardim seria o titular. Seu nome recebeu aprovação para jogar logo que chegou. Mas como Ivan é conhecido nas seleções de base, seu status fez diferença para os torcedores que viram pouco de Jardim na Europa.
O Vasco investiu cerca de R$ 12,8 milhões no goleiro. O contrato de Léo Jardim com o Vasco vai até o final de 2025, mas o clube já está considerando renovar o vínculo, especialmente se garantirem a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro.
O clube sempre tratou Jardim como a primeira opção, já que ele é um ativo, enquanto Ivan foi observado, pois está emprestado, para determinar se valia a pena um novo investimento. Segundo o contrato, para que o Vasco adquira o goleiro do Zenit de forma obrigatória, ele precisaria jogar mais de 30% das partidas, o que não aconteceu.
“Eu acho que falei na minha primeira entrevista aqui que vim para o Vasco para construir minha história no clube, para buscar meu espaço. Meu pensamento nunca mudou. Independentemente de qualquer coisa, sou um cara que se dedica muito nos treinamentos, sempre venho para me dedicar, dou o meu melhor para ajudar a equipe nos jogos”, comentou Léo Jardim quando questionado sobre a disputa pela vaga com Ivan.
Revelado no Grêmio, Léo Jardim fez parte do elenco que conquistou a Copa do Brasil em 2016, a Libertadores em 2017 e o Campeonato Gaúcho em 2018. No ano seguinte, foi vendido ao Lille.
Vasco é acionado na Fifa por dívida
Enquanto Léo Jardim corresponde em campo nos 33 jogos que já disputou em 2023, o Vasco enfrenta problemas fora de campo em relação ao clube anterior do goleiro. Em fevereiro, o Cruz-Maltino recebeu uma notificação da Fifa por não ter pago a primeira parcela de R$ 12,8 milhões ao Lille. Na ocasião, o clube resolveu o problema e prometeu quitar tudo até julho.
No entanto, isso não ocorreu. A diretoria, alegando problemas de fluxo de caixa e aguardando um novo aporte de 777 Partners em outubro, deve cerca de R$ 6 milhões ao Lille e, por isso, foi acionada na Fifa. O Vasco sofreu uma proibição de transferências nesta quinta-feira (28). Além dos franceses, o clube também deve ao Nacional-URU e ao Tucumán-ARG, por dívidas com Pumita e Capasso, respectivamente.
Apesar disso, devido à boa fase de Léo e do próprio Vasco, a diretoria não está preocupada e garante que em breve honrará o compromisso e quitará todas as dívidas pendentes.
Fonte: Rádio Itatiaia