Nas etapas anteriores, o Vasco teve confrontos bastante equilibrados e eliminou Fortaleza e Atlético-GO da competição. Os times ainda presentes na disputa também são todos da Série A, indicando mais um desafio difícil pela frente.
– São seis partidas para se sagrar campeão. O mata-mata é altamente competitivo. Podemos competir e fazer grandes partidas, como temos mostrado recentemente. Precisamos vencer os jogos necessários para garantir o título – afirmou o goleiro do Vasco em entrevista ao Charla Podcast.
“Sabemos da dificuldade e da qualidade dos adversários, mas temos esse objetivo (de ser campeões), sim”, acrescentou.
Como titular do gol do Vasco por duas temporadas, com 85 jogos disputados, Léo Jardim afirmou que está vivendo o auge de sua carreira no clube.
– Até agora, é o melhor período da minha carreira em termos de sequência de jogos. Embora tenha sido um ano muito desafiador, valorizou bastante o meu trabalho. O objetivo é sempre fazer menos defesas, né (risos), e buscar equilíbrio. Mas o importante é que quando precisei, consegui ajudar – disse.
O 2023 do Vasco
Durante a extensa entrevista, Léo Jardim abordou diversos temas. Ele compartilhou, por exemplo, alguns bastidores da luta contra o rebaixamento do Vasco no ano passado.
Na visão do goleiro, a comissão técnica formada por Ramón Díaz e seu filho, o auxiliar Emiliano Díaz, foram fundamentais para a reação no Brasileirão.
– Acredito que a energia que Ramón e Emiliano trouxeram foi crucial. Eles fizeram questão de nos fazer acreditar que era possível. Suas chegadas foram muito importantes, a equipe ficou mais sólida. Um momento chave foi um jogo em atraso contra o América-MG. Estávamos sendo pressionados no primeiro tempo, um dos zagueiros adversários foi expulso por uma cotovelada, e tudo mudou. No último minuto, Jair marcou o gol e saímos da zona de rebaixamento. Foi uma grande virada de chave.
– Eu tinha uma ótima relação com ele, Emiliano, Diego… Eles contribuíram muito. Estávamos fragilizados e eles foram essenciais no aspecto mental e na intensidade. Sou muito grato a eles. Muitas vezes, vemos mudanças entre goleiros, na esperança de algo diferente, mas eles sempre foram muito honestos comigo – revelou Jardim, que tinha Ivan como reserva em 2023.
“Eles realmente apostaram em mim”, concluiu.
A presença de Pedrinho
Desde que o Vasco institucional, com a presença do presidente Pedrinho, assumiu o comando da SAF do Vasco, Léo Jardim percebeu uma mudança no ambiente interno.
– Quando todos esses problemas com a 777 aconteceram e a confusão estava instalada, a primeira pergunta foi: o que vai acontecer? A semana do Flamengo complicou tudo, com a chegada de Álvaro (Pacheco), era muita coisa ao mesmo tempo. Foi um momento turbulento. Não estávamos jogando bem. Mas a presença de Pedrinho trouxe uma mudança, pois ter o presidente ali faz a diferença. Ele compreende a importância de estar presente no dia a dia, de apoiar, conversar, tomar decisões. Foi extremamente relevante tê-lo e Felipe ao nosso lado – relatou o camisa 1 do Vasco.
– Estávamos em uma situação confusa, que aos poucos foi se clareando. A rotina não mudou, os salários estão em dia. A diferença foi a presença do presidente. Ter alguém como ele, experiente, prestigiado, que jogou futebol… Foi crucial para nós.
– Ele está sempre disponível. Além disso, conta com uma equipe excelente por trás. Ele está presente diariamente. Sempre que precisamos de algo, ele está lá. Com toda a sua experiência, às vezes nem precisamos dizer nada – finalizou.
Payet e Coutinho
No Vasco, Léo Jardim divide o vestiário com Payet e Philippe Coutinho. Ele resumiu a qualidade da dupla.
– Payet é mais reservado, sempre concentrado no seu trabalho, um profissional exemplar.
– Philippe Coutinho é outro exemplo de humildade e tranquilidade. Às vezes nem percebemos que ele está presente. É uma pena a sua lesão, mas quando voltar, certamente ajudará. Eles são jogadores muito diferentes.
Fonte: ge