Varela recordou a mobilização dos atletas em defesa do uso de gramado natural. Na semana passada, Neymar liderou essa ação nas redes sociais e Coutinho, jogador do Vasco, também se uniu à causa.
– É um pouco estranho porque na semana passada todo mundo se uniu para jogar em campo natural. Agora vamos ter que ir ao Nilton Santos e jogar lado a lado, acertar as contas no Maracanã – declarou, durante a coletiva no Ninho do Flamengo, antes de acrescentar:
– Aquela superfície muda tudo, a velocidade da bola, os passes. Tanto o Flamengo quanto o Vasco não vão estar confortáveis. O Vasco não costuma jogar ali; se fosse no Botafogo, talvez fizesse mais sentido. Não entendo por que decidiram jogar nesse campo, para eles seria melhor no Maracanã. Mas a decisão já foi tomada e agora precisamos encará-la – finalizou.
Varela tem contrato que termina no final desta temporada e está entre os atletas que a diretoria está avaliando para renovação. A prioridade neste momento é para a manutenção de Pulgar, mas o lateral já revelou que teve uma conversa preliminar com Boto, que expressou interesse em sua permanência.
– Conversei com o Boto. Ele comentou que a intenção é renovar. Estou muito feliz e quero continuar. Mas ainda tenho um ano de contrato. Tem muitos jogos pela frente e um grande compromisso com a camisa. Vamos ter tempo para discutir o que é melhor – comentou o lateral.
Pumita Rodríguez e Varela disputam bola em Flamengo x Vasco — Foto: André Durão
Confira outras respostas
Falta valorização?
Não gosto de falar sobre mim. Prefiro que os outros digam. Agradeço ao Filipe por tudo o que ele comentou e por me ter dado a chance de jogar. Sou grato aos meus companheiros pela confiança.
Jogar improvisado na esquerda
É uma posição em que consigo atuar, mas com um perfil diferente. Fui confiado pelo treinador e pelos meus companheiros.
Período de adaptação
Quando cheguei, a adaptação ao Flamengo foi um pouco complicada. De fora, você imagina a grandeza desse clube. Contudo, ao entrar, você realmente sente o que é ser Flamengo. No meu primeiro ano, foi desafiador. Com a chegada do Sampaoli, joguei pouco e pensei em sair… Todos querem jogar. Mas quando o Tite veio, ele me colocou em campo e a situação mudou. Depois, com a chegada do Filipe, ele trouxe sua ideia. Sempre respeitamos todos e o Wesley começou a brilhar (risos). Acabei que esperei no banco a minha chance, pronto para ajudar a equipe da minha forma.
Filipe Luís como técnico
Acredito que a equipe se adaptou muito bem. O Filipe nos conhece há bastante tempo, e isso se reflete em campo. Estamos todos jogando próximos e nos divertindo, que é o que o treinador deseja.
Coletividade e entendimento tático
O time treina muito bem e posiciona os jogadores corretamente. Assim, todos sabem onde devem estar quando a bola chega e como apoiar uns aos outros. Se havia um jogador ali, era para criar espaço, pegar a bola e passar. O trabalho do Filipe está trazendo bons resultados, e estamos aproveitando ao máximo isso.
Clássico com o Vasco: há rivalidade?
Enfrentar o Vasco é um clássico intenso, não apenas para nós, mas para os torcedores também. Por isso, devemos dar a importância que esse jogo merece. O Vasco não vence há algum tempo, mas isso é resultado do bom trabalho que o Flamengo sempre realiza. A seriedade deste time é sempre ganhar, e no sábado vamos em busca de mais uma vitória.
Você se encaixa ao modelo de jogo do Filipe?
Sim. Ele me dá um pouco mais de liberdade para atacar. Estou aproveitando isso. Com o Tite, eu defendia bastante enquanto o Ayrton ou o Alex Sandro tinha liberdade. Mas, com o Filipe, ele quer que os dois laterais avancem, e é isso que estou tentando fazer.
Fonte: ge