Com isso, as ações de cobrança e penhora que poderiam aumentar ainda mais as dívidas da SAF cruzmaltina estão suspensas pelo próximo mês, pelo menos. Durante esse período, os débitos serão renegociados de forma direta com os credores. Essa mediação costuma ocorrer antes de um pedido de recuperação judicial ou extrajudicial.
Em um comunicado oficial na última sexta-feira, o Vasco esclareceu que solicitou a mediação na tentativa de acertar suas contas. A FGV foi escolhida como a instituição para ajudar nesse processo, uma escolha que o magistrado Assed também aprovou. Na declaração, a diretoria do clube afirmou estar trabalhando para “proteger o Vasco de possíveis ações, como penhoras, que possam prejudicar ou criar barreiras ao processo de reestruturação”. Os credores serão informados sobre a decisão do Judiciário.
Além da suspensão, o Vasco também garantiu a liberação de valores que estão bloqueados por ordens judiciais, como arrestos, depósitos e cauções. Essa informação está incluída na mesma decisão de Assed.
O juiz justificou:
“A dificuldade financeira enfrentada pelas requerentes está claramente evidenciada, bastando um olhar atento à (petição) inicial e relembrar as recentes matérias divulgadas pela mídia. Além disso, a medida cautelar (…) expõe os riscos que ainda persistem quanto à capacidade de manter as atividades.”
A meta do Vasco é buscar, por meio dessa mediação, um nível de estabilidade financeira. O prazo inicial de um mês para a suspensão das cobranças (e início das negociações) pode ser prorrogado por mais um mês — o que pode estender o processo até o final do ano.
Fonte: Blog Lauro Jardim – O Globo
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