Após declarações veiculadas hoje por Tiago Leifert, considero relevante esclarecer os seguintes pontos:
1. Os relatórios da 777 foram minuciosamente examinados pela KPMG, uma das principais empresas mundiais de auditoria e consultoria, assim como pela Kroll, também reconhecida internacionalmente. Além disso, os dados foram avaliados pelo Conselho Fiscal do CRVG e pela Comissão Especial do Conselho Deliberativo.(+)
A conclusão foi de que a situação financeira da 777 naquela época estava em conformidade, conforme atestado formalmente nos pareceres.
2. Análises financeiras exigem conhecimento aprofundado e não podem ser superficiais. Ativos inferiores a passivos resultam em patrimônio líquido negativo, mas isso não implica falência ou insolvência. Clubes como Botafogo e Bahia, por exemplo, possuem hoje patrimônio líquido negativo.(+)
É importante ressaltar que o grupo 777 estava em uma fase de expansão robusta em 2022.
3. A condição financeira da 777 no momento da aquisição das ações da Vasco SAF foi avaliada positivamente por clubes como Standard Liege (março/2022), Red Star (abril/2022), Melbourne Victory (outubro/2022) e Hertha Berlin (março/2023).(+)
Todas essas transações foram aprovadas em jurisdições de países da OCDE, que possuem regulamentações mais rigorosas do que as do Brasil.
4. No segundo semestre de 2023, a 777 fechou um acordo para adquirir o Everton, na Inglaterra. Nesta transação, mais de R$ 1 bilhão foi investido pela 777, sendo que aproximadamente R$ 250 milhões foram transferidos no ano atual.(+)
A Premier League não vetou a transação em nenhum momento.
5. As alegações de que a 777 não possuía a capacidade financeira necessária para adquirir as ações da Vasco SAF no primeiro semestre de 2022 são claramente refutadas pelos acontecimentos, incluindo os R$ 310 milhões já investidos na SAF.(+)
Tais acusações desrespeitam todos os envolvidos no processo de avaliação da venda, incluindo profissionais qualificados que atuam na atual gestão do CRVG.
6. Se a preocupação era com os investimentos requeridos para financiar a Vasco SAF, a questão principal que deveria ser abordada por todos é como a SAF irá obter recursos para cumprir suas obrigações e compromissos relevantes, como, por exemplo, o RCE (+)
e as questões tributárias. É lamentável que, em um momento em que o Vasco necessita de harmonia e união para enfrentar os enormes desafios que tem pela frente, estejamos nos desviando do foco com opiniões superficiais e acusações infundadas.
Fonte: X Jorge Salgado