Com um patrimônio líquido estimado em US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 39 bilhões, na cotação desta terça-feira), Rybolovlev é o 510º homem mais rico do mundo, segundo a Forbes. O ge trouxe à tona algumas das histórias e controvérsias que cercam a vida do empresário, que também é dono do Cercle Brugge.
Dmitry Rybolovlev, dono do Mônaco, é um dos interessados na SAF do Vasco — Foto: Boris Horvat/AFP
Indiciado por um crime sério
O empresário ficou preso por 11 meses em 1996, ligado a um caso de assassinato do seu ex-sócio Evgeny Panteleymonov. A acusação alega que Rybolovlev teria encomendado a morte de Panteleymonov, que foi executado em sua residência, segundo o Daily Mail.
A investigação indicou que ele havia adquirido duas armas, sem autorização, em 1995 e as entregou aos executores. Contudo, foi liberado pela falta de provas, já que a única testemunha acabou mudando seu depoimento.
Celebração de um divórcio bilionário
Em 2014, Rybolovlev quase protagonizou o “divórcio mais caro do século” – 4,5 bilhões de dólares, ou seja, por volta de R$ 27 bilhões. O bilionário enfrentou um embate judicial com sua ex-esposa, Elena Rybolovlev, mas acabou acordando pagar 600 milhões de dólares, aproximadamente R$ 3,5 bilhões, no Supremo Tribunal Suíço.
O conflito começou em 2008, após Elena não suportar mais as supostas traições do empresário. A ex-mulher ainda acusou Rybolovlev de desviar bens para não dividir na separação. Itens como uma mansão comprada de Donald Trump por 95 milhões de dólares (R$ 575 milhões) e uma cobertura em Nova York avaliada em 88 milhões de dólares (R$ 530 milhões) ficaram de fora do acordo.
A Justiça de Genebra determinou que ele pagasse a quantia exorbitante de 4,5 bilhões de dólares, mas após recorreu e conseguiu reduzir para 565 milhões de francos suíços, cerca de 600 milhões de dólares.
Envolvimento em corrupção
Em 2018, Rybolovlev foi detido por corrupção e tráfico de influência, em um caso popularmente conhecido como “The Bouvier Affair”.
Ele comprou 38 obras de arte por 2 bilhões de dólares (R$ 12 bilhões), tendo como intermediário o suíço Yves Bouvier. Uma das aquisições, a famosa pintura “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, foi comprada por 127,5 milhões de dólares (R$ 770 milhões), embora o empresário alegue que Bouvier a adquiriu por 83 milhões de dólares (R$ 500 milhões) um dia antes.
O valor total da coleção foi estimado em 1 bilhão de dólares (R$ 6 bilhões), mas segundo Rybolovlev, Bouvier teria inflacionado os preços. Na sequência, após uma série de acusações contra o negociante em vários países, o suíço acabou sendo inocentado.
Por outro lado, Rybolovlev se viu em apuros. Durante investigações, a polícia acessou seu celular e encontrou indícios de corrupção que ligavam Rybolovlev a Philippe Narmino, então Ministro da Justiça de Mônaco, envolvendo jantares e presentes.
Dos fertilizantes ao título francês no futebol
Monaco, campeão francês de 2017 — Foto: Reuters
Rybolovlev se tornou presidente da gigante de fertilizantes Uralkali em 1995. Em 2010, vendeu sua parte na companhia por 6,5 bilhões de dólares (quase R$ 40 bilhões) para três oligarcas próximos ao Kremlin. Bilionário, ele não poupou e comprou uma mansão na Flórida de Donald Trump por 95 milhões de dólares (R$ 575 milhões), negócio que se tornou a venda residencial mais cara dos EUA na época.
Em 2011, virou o principal acionista do Mônaco, adquirindo 66% das ações do clube, que até então pertencia ao principado. Desde sua chegada, a equipe conquistou a segunda divisão do Campeonato Francês em 2012/2013 e levantou o troféu da primeira divisão na temporada 2016/2017.
A consagração do título em 2017 teve início com contratações certeiras: os craques João Moutinho e James Rodríguez, ambos do Porto, e o artilheiro Falcao García, ex-Atlético de Madrid, levando o investimento em trio a 127 milhões de euros (cerca de R$ 353 milhões, na época).
Na mesma temporada, o Mônaco chegou às semifinais da Liga dos Campeões, mesclando estrelas como Bernardo Silva, Falcão e João Moutinho a jovens promessas como Mendy, Lemar, Bakayoko e o agora famoso Mbappé.
Além disso, Rybolovlev também é proprietário do Cercle Brugge, na Bélgica.
Mbappé e Falcao em um Monaco x Saint-Étienne — Foto: Boris Horvat / AFP
Fonte: ge
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