O Vasco não elaborou nenhum instrumento contratual que faça referência ao Flamengo na transação de empréstimo de Phillipe Coutinho ao Aston Villa, da Inglaterra. Era de esperar que isso acontecesse, uma vez que os direitos econômicos permanecem sob posse dos ingleses. Contudo, há, sim, uma cláusula de proteção ao clube no caso de surgimento de qualquer oferta ao Aston Villa durante o empréstimo. Entretanto, tal cláusula não menciona explicitamente qualquer instituição em particular. Apenas estabelece em € 20 milhões (aproximadamente R$ 118 milhões) o montante a ser desembolsado pelo Vasco se aparecer uma oferta oficial acima desse valor pelos direitos de Coutinho.
De forma simples: caso algum clube do mundo tenha interesse em contratar Philippe Coutinho ao término do empréstimo ao Vasco, os torcedores vascaínos têm a possibilidade de adquirir em definitivo o craque, pagando ao Aston Villa os € 20 milhões investidos pelos ingleses na aquisição dos direitos junto ao Barcelona, em 2021. Essa cláusula visa proteger o Vasco de possíveis assédios, principalmente de equipes estrangeiras. No entanto, é um gesto protocolar, uma vez que Coutinho já deixou claro sua intenção de permanecer em São Januário. A informação foi fornecida por uma fonte que participou indiretamente da operação, confirmada por outra presença na negociação.
Processo vencedor
As finais da Eurocopa e da Copa América evidenciaram que o futebol não é tão imprevisível assim quando se trata de reconhecer trabalhos bem-sucedidos. Tanto as seleções da Espanha e da Inglaterra, finalistas do primeiro torneio, quanto Argentina e Colômbia, que decidiram o segundo, apresentaram características similares de um planejamento de longo prazo. E é isso que atualmente separa a seleção brasileira de projeções positivas para 2026.
Lionel Scaloni, técnico que está à frente da AFA desde 2018, e Néstor Lorenzo, argentino que atua há uma década na Federação colombiana, possuem um amplo conhecimento sobre seus jogadores, desde as categorias de base. Scaloni chegou a comandar as seleções sub-20 (2018) e sub-17 (2020). Néstor Lorenzo foi auxiliar-técnico por sete anos e está há três no comando da equipe, chegando à final sem derrotas em 23 partidas, com 17 vitórias.
Os finalistas europeus optaram por mesclar gerações recentes vitoriosas nas categorias sub-19 e sub-21 com talentos promissores. Porém, tanto Luis de La Fuente, na Espanha, quanto Gareth Southgate, na Inglaterra, basearam seus trabalhos na continuidade. Algo que ainda não temos por aqui.
Fonte: Blog de Gilmar Ferreira – Globo Online