O Maracanã continuará sendo a casa de Flamengo e Fluminense. O Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou hoje a extensão do contrato de permissão de uso do estádio para a dupla de clubes cariocas. O Flamengo é o permissionário, com o Fluminense como interveniente.
A parceria entre Flamengo e Fluminense na administração do Maracanã começou em abril de 2019 e agora passará pela primeira concorrência pública, prevista para novembro. No dia 9 de novembro, os grupos interessados apresentarão suas propostas em um chamamento público convocado pela Casa Civil.
Além do Flamengo e do Fluminense, o Vasco e a Arena 360 também participarão do processo de licitação para gerir o Complexo Maracanã pelos próximos 20 anos.
A entrega das propostas técnicas e financeiras para a licitação está marcada para o dia 7 de dezembro.
De acordo com o Governo do Rio de Janeiro, a outorga mínima é de R$ 6.132.000,00. Qualquer proposta abaixo desse valor será desclassificada. O valor total estimado do contrato para o período de concessão é de R$ 186.090.559,38.
A trajetória do Maracanã
- Nova extensão do contrato para Flamengo e Fluminense: de 24 de outubro a 31 de dezembro
- Chamamento público: propostas entregues em 9 de novembro. Gestão para os 12 meses de 2024
- Licitação: propostas entregues em 9 de dezembro. Gestão pelos próximos 20 anos
Reformas necessárias
Entre as diretrizes para as intervenções obrigatórias no estádio e no Maracanãzinho estão a vistoria completa e a correção de falhas no teto dos dois locais. Um estudo realizado por uma empresa especializada constatou problemas na conservação da lona que cobre 96% do estádio.
Esse foi o estudo mais detalhado feito desde a conclusão da obra, há 10 anos. Segundo o relatório de 261 páginas, a manutenção do estádio foi praticamente inexistente ao longo dos últimos 7 anos. O estudo identificou 285 pinos com problemas de oxidação e 465 furos na cobertura, causados pelos fogos de artifício das Olimpíadas de 2016.
Também será necessária a primeira pintura interna e externa do estádio, que não foi realizada nos últimos 9 anos. Além disso, há outros pontos que precisam ser consertados, reformados e melhorados, como a colocação de uma nova divisória entre as torcidas.
Permissão para outros clubes jogarem
Existe um projeto para a separação do Parque Aquático Julio Delamare, que ficará sob responsabilidade do Governo do Estado. Também está prevista a criação do Parque da Bola, um espaço de entretenimento para os torcedores no estádio.
O Governo deseja transferir o acervo histórico do estádio para a recriação do Museu do Futebol, localizado no terceiro andar. O acesso ao museu seria feito pela torre de vidro, que está atualmente desativada.
O futuro concessionário não terá poder para vetar jogos de outros clubes, mas terá preferência para a realização de seus próprios jogos no estádio. O edital estabelece que as condições comerciais devem ser transparentes e condizentes com as práticas de mercado.
- Outras regras mantidas incluem a cortesia de sete camarotes no setor Oeste, serviços de buffet e 40 vagas de estacionamento, além de 200 ingressos no setor Oeste inferior e 60 ingressos no Maracanãzinho. Tudo isso fornecido gratuitamente para o Governo.
- O Governo ainda terá direito a usar o estádio em seis datas por ano, desde que faça o pedido com seis meses de antecedência. No Maracanãzinho, o pedido deve ser feito com três meses de antecedência em 12 datas.
- O novo texto também proíbe a alteração das cores do estádio, que é um mosaico da bandeira do Brasil. Os atuais concessionários temporários, Flamengo e Fluminense, têm permissão para personalizar seus vestiários e a iluminação correspondente a cada equipe.
Fonte: ge