Segundo Larissa, a ideia foi originalmente de Payet, que desejava oficializar o relacionamento entre eles, que ainda estava em fase inicial. “Ele me chamava de ‘minha esposa do Brasil’ e a cerimônia foi uma forma divertida de celebrar isso”, revelou. Larissa comprou seu próprio vestido e ainda o guarda como recordação.
Ela explica que o ato teve um toque de fantasia sexual para Payet, mas, após a data, o jogador decidiu tomar o relacionamento mais a sério. “Ele começou a me chamar de esposa e disse que não me abandonaria”, conta Larissa. Porém, neste primeiro dia, ela também notou um ciúme mais agressivo por parte do francês, que se intensificou com o passar do tempo.
O início do relacionamento
Larissa e Payet trocaram mensagens iniciais em 2 de agosto de 2024, onde flertaram abertamente e compartilharam suas preferências sexuais. Sete meses depois, o relacionamento se tornou conturbado, com Larissa denunciando agressões físicas e psicológicas, além de situações humilhantes. Ela procurou a polícia tanto no Rio quanto no Paraná, relatando que foi vítima de abuso.
Num estado de submissão consensual, Larissa revelou que a dinâmica do relacionamento incluía práticas de submissão mútua, mas que essas ações se tornaram torturantes. “Após um desentendimento, ele começou a chamar as minhas submissões de punições e tudo mudou”, relatou.
O quadro se agravou em um episódio onde, após uma briga desencadeada por ciúmes, Larissa se retirou para um banheiro e o jogador a agrediu fisicamente. “Ele fazia com muita força e eu me machucava. Não falava nada porque tinha medo de perdê-lo”, relatou.
Larissa compartilha que a situação se tornou ainda mais degradante quando Payet começou a impor humilhações, como fazer com que ela cumprisse ordens que a rebaixavam. “Eu cheguei a beber água do vaso, algo que nunca pensei que faria”, desabafa.
Nesse contexto, ela também destacou sua luta contra transtorno de personalidade Borderline, que, segundo ela, fez com que Payet tirasse proveito da sua fragilidade emocional.
Como evidência de suas alegações, Larissa apresentou imagens mostrando hematomas em seu corpo. “Ele se sentia satisfeito em me machucar e utilizava essa dor como uma forma de controle emocional”, contou.
Ela ainda relatou ter recebido ameaças veladas após decidir terminar o relacionamento, além de um histórico de abusos que a levaram a procurar a justiça. Larissa fez um boletim de ocorrência em março, desconfirmando a violência que havia sofrido e o clima controlador que caracterizou sua relação com Payet.
Após uma das discussões que culminaram em agressões, Larissa se deu conta da gravidade da situação e decidiu expor sua vivência em busca de segurança. “Eu sabia que enfrentaria julgamentos, mas minha prioridade era minha segurança”, explicou ela.
Com um pedido de medida protetiva contra Payet ainda em andamento, a investigação sobre as alegações segue em sigilo. O EXTRA tentou contato com Payet e sua assessoria sobre as denúncias, mas não obteve retorno. O caso está sendo tratado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá.
Fonte: Extra