As duas equipes discutiram a locação do Nilton Santos dentro da negociação por Rayan. O atacante vascaíno está sendo cobiçado pelo Lyon, clube francês que pertence a John Textor, que também detém os direitos do Botafogo.
Independentemente do avanço nas conversas por Rayan, o Vasco está determinado a fechar um acordo com o rival para jogar no Nilton Santos nos próximos anos. O plano A da diretoria de Pedrinho é utilizar este estádio durante a reforma de São Januário, embora outras opções como o Maracanã e outras arenas ainda estejam em pauta.
Vista aérea do Estádio Nilton Santos, do Botafogo — Foto: Buda Mendes/Getty Images
Apesar das provocações públicas entre Pedrinho e Textor, a relação entre as diretorias de Vasco e Botafogo segue tranquila.
O Nilton Santos também é parte dos planos da reforma de São Januário. O Vasco está avaliando estádios brasileiros e possui um relatório sobre a arena administrada pelo Botafogo. A intenção é que a nova estrutura conte com gramado sintético ou híbrido (combinação de natural e sintético).
Localizado no Engenho de Dentro, a 12 quilômetros de São Januário, o estádio tem capacidade para 45 mil espectadores.
Quando será o fechamento de São Januário?
O desejo do Vasco é fechar seu estádio após a conclusão do Brasileirão, mas isso ainda não está garantido. Torcedores e diretores aguardam ansiosos para que o último jogo em São Januário ocorra contra o Atlético-MG, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
No entanto, fontes próximas ao clube e à Prefeitura do Rio informaram ao ge que pode haver uma possibilidade de fechamento após o Campeonato Carioca de 2025. O Vasco ainda precisa resolver alguns trâmites que estão levando tempo.
A lei publicada no início de julho, que autorizou o Vasco a vender o potencial construtivo de São Januário, ainda não foi regulamentada. Esse texto vai especificar como a operação desse potencial será realizada, garantindo a operacionalização e a segurança jurídica de todo o processo.
Outro ponto da lei determina que o Vasco apresente o projeto básico da reforma à Prefeitura do Rio em até 180 dias (seis meses) após a publicação da legislação. Este documento garantirá a viabilidade técnica e o tratamento do impacto ambiental da obra, permitindo a avaliação dos custos e a definição dos métodos e prazos de execução.
Atualmente, o Vasco está concentrado nesse trabalho. O projeto está na fase de matérias complementares, envolvendo mais de 30 itens que precisam ser incluídos, como gramado e laudo do Corpo de Bombeiros. O clube realizou várias reuniões para discutir essa parte e está no processo de contratação das empresas responsáveis.
Após a apresentação do projeto, o clube terá que concluir os trâmites burocráticos para iniciar as obras. Para isso, são necessários recursos. Recentemente, o Vasco informou ao ge que está firmando cartas de intenção de venda com potenciais compradores do potencial construtivo. Até o momento, nenhum acordo foi fechado, e a diretoria precisa disso para dar partida às obras.
Com pouco mais de um mês até o término do Brasileirão, devido aos atrasos nos processos, as chances de que o início da reforma seja postergado por alguns meses aumentam.
Fonte: ge